sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

E no fim, nós...

E por fim, nós.  Vamos brindar, afinal, todos estão brindando, é eu sei, você está indo embora para nunca mais voltar. Talvez seja melhor assim, vivi muita coisa bonita contigo, não vou ser ingrata, obrigada. De coração. Mas também chorei tanto, brincaram tanto comigo... E você não fez nada, não a culpa não é sua, jamais seria, é minha assim como foram com todos os outros. Mais uma taça de vinho?... Mas vai, vai embora. Vá dormir, descansar, você merece. Obrigada por ter trago tantas coisas boas para a minha vida, sabe, foram bons os amigos que tu trouxera na mala, eu entendi seu jogo de trazer coisas boas para acalmar a dor da tua partida. Eu estou bem, vou ficar bem. Não me apego fácil. Não me olha assim, por favor. Eu não vou sofrer com tua partida mais do que sofri com tua presença. Deixe fé, força e luz, o resto eu me viro com a chegada do novo. Só te peço isso, dê licença para o novo e não deixe faltar amor. Obrigada por tudo, 2011. Tchau.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Pagando as contas.

"Então é Natal, e o que você fez?" (Simone)
Bom Simone, eu fui uma boa mulher, eu acho. Fiz tudo como mandou o script de 2011, comi, trabalhei, sorri, fiz novos amigos e até novos amores, mudei a cor do cabelo três vezes, fiquei bêbada sem lembrar de nada no outro dia, li trocentos livros que fizeram de mim uma mulher mais madura, ouvi um cd brega para agradar um amigo, ouvi muitos conselhos e dei mais que eu podia, chorei Simone, ai como chorei! Muita coisa mudou do último natal para esse, sei que estava em débito com você e não paguei as contas ano passado, desculpa Simone, releva... Mas uma coisa que sempre esteve em todos os scripts e eu nunca cumpri e não sei o motivo, esse é mais um Natal sozinha, não sei se é por culpa minha, é? Ás vezes é melhor jogar a culpa no 'mercado', isso, é o mercado de homens bons que está em falta por isso mais um Natal sozinha... Mas eu prometo me esforçar para no próximo natal quando você me perguntar o que eu fiz responder-te-ei que encontrei o cara do script que está lá intacto ha alguns anos, prometo. Promessa de Natal (ou de político, não sei).

domingo, 18 de dezembro de 2011

Let it be²

Acho que começamos errado, um, dois beijinhos no rosto e "prazer, sou fulano". Acredito que fomos um passo além, passamos ao nível dois antes mesmo de chegar ao um. Eu queria você e tinha pressa, você me queria e não queria saber de tempo. Queríamos um ao outro em tempo errado. Parecia amor de adolescente, as coisas aconteciam muito rápido e já diziamos ter necessidade um do outro em uma semana. Eu sabia que não íamos dar certo, nunca daríamos, mas eu queria fazer de você o homem que eu sempre sonhei, você era um lord para mim, tratava-me como uma princesa em perigo mas no fundo você também sabia que não sairíamos do 'segundo nível'. The BeatlesEngenheiros... Todos os meus cantores e bandas favoritas você cantou no pé do meu ouvido, eu achava fascinante, mas no fundo nada me agradava... Acho que sou a megera da história, fiz você perder muito tempo comigo, mas eu sempre te disse que eu era uma 'barca furada', você sempre disse amar aventuras... Fico constrangida pelo jeito que terminou, sem nenhuma palavra. Mas no fundo eu sei que foi melhor assim, eu queria curar a dor de um amor mal resolvido colocando você na minha vida assim como você queria esquecer alguém que te machucou muito, chumbo trocado não dói, mas machuca ás cegas, de um jeito torto, e machuca muito. Desculpa não ter sido sua princesa em perigo e eu te desculpo por não ter sido o príncipe de armadura e cavalo branco que eu ainda sonho em encontrar. Fica bem, e qualquer coisa repete sete vezes, 'let it be'. 

sábado, 8 de outubro de 2011

Bandeira branca, amor.

Está tudo tão frio. Aqui dentro, ali fora. Nunca pensei que fosse sentir tanta falta de um par agora.Você ao ver isso vai caçoar, porque repetiu três vezes antes de ir que eu iria me arrepender. Bandeira branca, amor. Bandeira branca. Admito o fracasso, não fico bem só. Uma taça de vinho onde costumava ter duas, dois travesseiros no vazio de uma cama e eu enterrada no vazio do meu orgulho. Você foi tão bom, o tempo inteiro. Sabe, meu corpo sente falta do seu. Minha orelha pede a sua, minha mão pede a sua, minha cama pede você, vem! Duas taças de vinho, cobertores e um filme de romance com final feliz espera por nós. NÓS. Não só por mim. Vem, e fica aqui por todo o inverno, faz dele um inferno, mas fica comigo enquanto a chuva não passa.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tentei, tentamos...

Eu acreditava que seriamos melhores juntos, que você com seu amor faria de mim um ser amável. Tenho de admitir que tive medo do primeiro ao último instante ao seu lado. Sempre fui intensa demais, nós nunca combinamos, e isso fazia de nós únicos. Era incrível como seus livros e seus cigarros me irritavam, assim como minha TPM constante te irritava e você não dizia nada, me servia um café.
Café... um café bem amargo.
É completamente irritante o fato de você ainda me procurar mesmo depois de tudo o que eu te disse, foi clichê a minha última frase "o problema não é você, sou eu..." eu sei que isso te machucou, me machucou também. Mas é aquela coisa, palavras não voltam. Veja, mais uma frase piegas. E tentando quebrar todas as barreiras de um casal diferente, quebramos a cara e pior, o coração. Não sei se seríamos melhores juntos .E como diria Caio Fernando Abreu [o careca que você tanto criticou dizendo ser um escritor demodè] : "Pare então de perder as suas noites de sono, com os seus milhões de pensamentos rodando, e rodando e rodando." Essa é a minha hora de ir, definitivamente. Tentei, tentamos...E fracassamos. Agradeço a tentativa de me tornar uma mulher mais doce, mas você sabe, sou uma caminhante a procura de mim. E nessa viagem não há lugar para um passageiro.

domingo, 28 de agosto de 2011

580

Parecia amor. Tinha cheiro de amor.
Aquelas cartas, declarações, mensagens... Aquele café na cama, aquela cama. Os passeios no parque de bicicleta, as mil e duzentas fotos... Tudo aquilo tinha aparência de amor.
Mas foi ai que nos enganamos, caímos numa ilusão que criamos pensando que todos aqueles 580 dias juntos era um sentimento. Sentimento... Sentiamos algo de fato? será que não era só prazer? vontades de meros mortais... É difícil dizer o que aconteceu conosco por 580 dias, foi algo profundo e ao mesmo tempo superficial. Queriamos ser o melhor um para o outro, a felicidade, o complemento, as confissões, a orelha, a boca, o corpo... E não passamos de um casal de estranhos íntimos que compartilhavam das mesmas frustações de ter um para esquecer  outro alguém que outrora machucou nossos corações. Compartilhavamos a dor atrás de um sorriso, um beijo e um drink forte. Horas com nossos corpos colados respeitando as leis da sobrevivência humana e nossas mentes em outros lugares. Engraçado, tudo aquilo parecia amor. Mas não era. Poderia ser chamado de amor pelos outros, mas nós sabíamos que não era. Não sabiamos quem eramos e jamais saberemos o que sentimos por 580 dias. Só sabemos que amor... bem, amor não era.

sábado, 30 de julho de 2011

De capacho a mulher dos sonhos.

"De hoje em diante, eu vou modificar meu modo de vida [...] Agora não vou mais chorar, cansei de esperar, de esperar enfim... E pra começar, eu só vou gostar de quem gosta de mim..."

Essa é a fase em que você começa a se conhecer, passa a SER sua prioridade, enfim...

Hoje não quero escrever sobre nada, quero escrever sobre tudo. Tem dias que acordo assim, querendo falar de tudo e ao mesmo tempo de nada, é quando acordo pensando em mim. Levantei cedo, olhei meu rosto no espelho que fica em frente minha cama e vi que hoje eu estava diferente, talvez fosse o louro de meus cabelos que agora clareia meu rosto, talvez seja o tratamento com ácidos que fiz no dia anterior, talvez fosse tudo. Estaria eu, numa manhã ensolarada de sábado começando um novo ciclo? Sim, eu acredito que nós, seres humanos, homo sapiens, passamos por ciclos [muitas vezes viciosos, mas ciclos]. Seria possivel em 10 horas de sono todo um ciclo ser fechado? Eis a questão que martela minha mente até agora.
Definitivamente estou diferente, acostumada a colocar uma música de Gal, Caetano ou Arnaldo para alegrar minhas doces manhãs, hoje coloquei uma música que tinha arquivada no celular 'por ter', coloquei sertanejo e me peguei cantarolando e ensaiando passinhos para lá e para cá, sem perder o compasso. Após o show sertanejo particular, duas xícaras de café, treze páginas de um livro que está sendo lido pela terceira vez me pus a pensar sobre todas as mudanças que estavam acontecendo comigo nesta manhã diferente de um sábado doce. você, leitor, deve estar estranhando eu não ter falado de um amor unilateral até agora, ai está mais um ponto que também me chamou atenção, há alguns dias ganhei um livro chamado "Por que os homens amam as mulheres poderosas?" que têm me feito mudar completamente a minha percepção de amor x submissão, enfim, este livro talvez seja a válvula de escape [ou o cadeado] que começa o novo ciclo. Apesar de estar estranhando todas essas mudanças estéticas, comportamentais e em língua popular digamos que eu esteja 'pagando minha língua', me sinto bem e feliz, e como diz no manual para mulheres poderosas, de capacho tornei-me uma mulher dos sonhos. Dos meus sonhos.

sábado, 16 de julho de 2011

A dama da noite sou eu

Cansei de escrever textos que mendigavam migalhas de um amor unilateral. Cansei de dizer muito num discurso vazio. Cansei de viver numa redoma de utopias. Cansei de você.
Não quero mais sonhar conosco. Quero tirar o 'nós' de todas as frases que eu vá a dizer. Quero o 'eu' mais evidente que as dores que eu sentia e você nunca notou. Sabe o que é? uma hora eu havia de cansar, é, cansar de falar de você, pensar em você, viver em sua função como um objeto seu, que lhe servia como um poço de lamentações. O semblante de mulher submissa a seus caprichos sumiu, a mentalidade de uma também. Agora vadiar-me-ei pela vida sem compromissos, deixarei ser. A dama que existe em mim quer viver, a Amélia precisa descansar. E não se deixe enganar caso veja um par de olhos de uma cigana obliqua e dissimulada numa noite de lua cheia, pode ser a dama da noite. E essa tal dama da noite sou eu. 


"Eu prefiro amar a mim mesma. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço." C.F.A

segunda-feira, 11 de julho de 2011

I call your name

É que bateu uma saudade, não sei se propriamente de você, talvez seja das coisas que faziamos juntos, dos torpedos com erros ortográficos que tanto me irritavam, não sei se propriamente de você [repito]. Hoje por duas vezes eu chamei seu nome baixinho, e me perguntei duas, três vezes o que me levou a lembrar você. Talvez seja essa carência chata que me bate todo mês e que tanto te agradava, que você dizia que era o único período que eu ficava doce, eu ria, você ria, riamos. E nesse período chato, eu infelizmente sinto falta. Isso soa meio fracassado, meio 'quero suas migalhas'. Mas não é isso, é que eu estou vazia, oca. Sabe?! e você foi o último que passou por aqui. Não pense que é saudade de você, repito, não é saudade de você, é saudade de mim. Do que fui com você e não sou mais com ninguém.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Só por uma noite

Amanheceu e você partiu. Não deixou telefone, recado na geladeira ou mensagem no celular. Depois de uma noite que eu julguei fantástica, você sumiu. Usou meu banheiro, minha cama, meu corpo e ainda bebeu do meu café. Falou mal dos meus livros julgou meu gosto musical e disse que o Chico, meu Buarque tinha voz de mulher. Eu não disse nada, prefiria oferecer um vinho e te ter na minha cama, no meu chão, no meu corpo... Nunca imaginei que uma mulher do meu porte ficaria interessada por um rapaz com pouca capacidade de pensar como você, mas me prometi que seria só por uma noite, você, um corpo e um rosto bonito me beijando, me amando uma noite inteira seria essencial para saciar aquilo que eu tanto precisava e nada mais. Te trouxe para minha casa, te deixei fumar do meu cigarro, beber do meu vinho e desfrutar do meu corpo. Você fez tudo o que eu imaginava, tudo o que eu queria. E naquela cama, dormimos como criança depois de uma noite de desejo e nada mais. O dia amanheceu e como eu disse, você se foi, assim como todos os outros foram, amanheci sozinha e assim permaneci. Não sei se você volta, não sei quem será o próximo a deitar. Mas sei que desse corpo alguém vai desfrutar e nunca mais ligar. Eu sei que todas as noites são fantásticas. Mas também sei que todos os dias serão solitários.

sábado, 18 de junho de 2011

Amor Bossa nova




Eu era só mais uma mocinha indefesa. Rosto sardento, cabelos vermelhos e um coração fracassado. Sem credos, sem certezas, sem amor. Até que um dia você apareceu, com esse jeito 'bossa-nova', ideologias de um mártir e a paixão de um 'Che', me embalou nas batidas da sua bossa e me mostrou um mundo que havia além das nuvens de fumaça, minhas nuvens. Eu adorava quando você cantava 'baby, baby, I love you' com a voz rouca nos meus ouvidos, e quando elogiava meus sapatos vermelhos, achava sexy quando você fumava olhando o horizonte de prédios que existia em nossa frente e dali, daquela paisagem sem nenhum nexo tirava uma filosofia descabida que me fazia sorrir e a cada momento te adorar mais, baby, baby, I love you... Eu, você, tão diferentes, tão iguais... Por tanto tempo, por uma fração de segundos. Fui feliz com teus jeitos, tuas músicas, tuas filosofias, teus carinhos, nossas emoções... Por muito tempo, para nunca mais, baby. 

Ao som de Baby (Os mutantes) 

"Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all..."

 



Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all.
It's a quarter after one,
I'm all alone and I need you now.
And I said I wouldn't call
but I'm a little drunk and I need you now.
And I don't know how I can do without,
I just need you now.



*Fugindo um pouco do estilo do meu blog, deixo esta música para que vejamos que em algum momento podemos ser fracos e deixar cair por terra tudo que levamos tempo para construir, um coração de ferro. O vídeo é para que saibamos lidar com isso, caso aconteça.*

Migalhas

E assim como Simone inicia sua canção, inicio estes parágrafos, "Sinto muito mas não vou medir palavras, não se assuste com as verdades que eu disser"¹
Estou em coma sentimental.
Nada sinto, nada quero sentir. Nem por você, nem por ninguém.Quero ser alienada as minhas próprias alienações, quero uma vida de simples alegrias. "Não quero mais ser da sua vida [...]Quero ser feliz, não quero migalhas do seu amor..."²
Libertei-me da morfina que me mantinha de pé, libertei-me de você. Meus sentimentos estão em coma, e assim permanecerão por muito tempo. O tempo suficiente que me fará perceber que eu não preciso de migalhas, que não preciso de você.




quinta-feira, 9 de junho de 2011

Estaca zero de um sentimento -1

Volto a estaca zero. Nenhum sentimento, uma pedra dentro do peito e mais nada.
Essa 'estaca' é o lugar onde nunca desejei chegar, queria ser uma eterna apaixonada, sonhadora, correspondida. Mas essas ilusões foram destruídas com a primeira lágrima derramada, a primeira chamada recusada e o milésimo torpedo não respondido. Demora chegar onde estou, passa-se por um martírio que parece não ter fim, uma pilha de livros deprimentes e músicas que não dizem nada além de 'volta pra mim, eu preciso de você'...
Segundo o filósofo Nietzsche, o amor é o estado no qual os homens têm mais probabilidades de ver as coisas tal como elas não são. Logo, o ponto zero, é quando enxerga-se a realidade, vê-se que o amor não é tudo aquilo que sonhou, que a vida não será favorável aos seus sentimentos, e que sempre terá alguém pronto para fazer da sua vida de princesa apaixonada um filme de terror. Parece duro, não?! acredite, não é fácil dizer tantas verdades a um mundo rodeado de amores não correspondidos, mas é o que acontece, agora você ama perdidamente uma pessoa que sequer se importa se você esta bem, mas aguarde assim como minha vez chegou, a sua chegará e você não sentirá nada também e notará que o amor é o sentimento -1 de uma estaca que está parada no zero.

domingo, 5 de junho de 2011

Apesar dos pesares





Sua barba a fazer, seus cabelos bagunçados e um semblante de quem está feliz, assim está você. Parece que muita coisa não mudou você ainda é o mesmo cara que consegue movimentar um zoológico dentro da minha barriga e mais, desperta aquele sentimento de querer ser feliz apesar dos (infinitos) pesares. Você depois de tanto tempo me faz querer passar a mão delicadamente no seu rosto com ‘textura diferente’ e dizer o quanto você está lindo e quanto eu quero você ao meu lado, eu me sinto completamente idiota e vejo todos os conceitos de uma mulher forte e poderosa caírem por terra, você meche  comigo de uma maneira surreal e sabe disso. Aliás, são tantas as coisas sobre mim que você sabe, mas a única que você não descobriu ainda é o quanto eu quero você. Deixo os conceitos caírem por terra, mar, se a minha felicidade estiver ao seu lado.

sábado, 21 de maio de 2011

Metade inteira chora...

Não sei bem o que está acontecendo, são três da manhã, despertei sem motivos e com você no pensamento. Eu não sei o que há em você que me deixa tão presa e sempre com uma ponta tão aguda de esperança, mesmo sendo agredida pela realidade, existe parte de mim que ainda sonha com nós dois juntos. Tento de todas as formas (im)possíveis te arrancar da minha vida, mas você sempre volta com uma onda de falsos sentimentos. São três da manhã, meu companheiro dorme ao lado, meu corpo pede o repouso novamente, mas meu coração grita por você desesperadamente. Onde está você agora além de aqui dentro de mim?


Maria Gadú - Tudo diferente

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Ir além

As coisas ultimamente andam muito diferentes. Meu coração por exemplo, conseguiu enxergar a verdadeira função dele, parou de tentar dar palpite na minha vida.
Meu coração agora só bate por mim.
Pode parecer frieza,egoismo ou qualquer outra coisa do gênero. Mas que seja. Estou naquele momento em que sou a minha única prioridade,aquele momento em que eu vou me 'deixar ser', esbanjar meu veneno, deixar sair pelos poros a sedução que a tanto tempo guardo, eu vou me permitir. E para chegar nesse estágio onde estou tive que abrir mão de muitas coisas que acreditava que seriam eternas, o amor que senti por você é uma delas, e talvez tenha sido a maior 'amarra' da qual me livrei. Pode ser que daqui um, dois, três meses, anos, minutos, segundos eu mude de ideia e queira viver do martírio novamente, mas no entanto, nesse momento, eu quero ir mais além, eu quero ser feliz, e essa felicidade eu sei que a consiguirei sozinha, eu comigo, sem você. Vou provar o impossível e encontrar a felicidade, provar ao mundo que uma andorinha só faz verão sim.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Me deixa

"Muito prazer, meu nome é Antítese e meu sobrenome é Veneno, caro desconhecido pra você eu sou mulher e da minha boca escorre um doce veneno o qual te garanto: vai desejar provar muito mais do que a sua própria necessidade de respirar. Para minhas amigas sou menina, meiga, cheia de defeitos que tu nunca irá conhecer. Durante o dia me visto de sarcasmo e exalo sedução, jamais olhe nos meus olhos, não corra o risco de perder-se por aqui, você pode não conseguir voltar.



Durante o café da manhã sou dúvida, no almoço me encho de certezas e no fim do dia, meu bem, sou fogo! Te faço sair da linha, sussurro no seu ouvido loucuras que você gosta de ouvir para conseguir o que eu quero com você meu pobre rapaz, nas minhas mãos você vira menino, implora por amor, meu pobre rapaz, no fim da noite após sugar do seu mel faço questão de te mandar para o seu mundinho medíocre, te faço viver um sonho e entre quatro paredes sacramentamos segredo e logo depois te jogo ao léu.


Não ligue não bata na minha porta, não me faça te odiar por desejar-te além do que a coisa de pele permite. Me deixa soltar a voz, me deixe só para ouvir meu som e soltar meus medos para que no começo de mais um dia eu coloque meu salto e só descer de tal quando ninguém estiver por perto que é pra ninguém me ver chorar . Deixe-me ser, mas me deixe ser sem você para eu possa ser completa, estou ocupada demais realizando meus sonhos para doar-me a mais um. Meu nome é antítese e pra você, meu caro, eu sou a mulher dos seus sonhos!"

Thaís de Castro



Bom, esse texto foi um presente de aniversário, que minha amiga Thaís de Castro escreveu e segundo ela é uma descrição desse ser que sou ou tento ser.

sábado, 30 de abril de 2011

Para quando você voar


Você gira o mundo em busca de novas aventuras, ri, namora, vive. E quando cansa, por um segundo disca aquele número que para você é um SOS, me acorda no meio da noite para dizer sentir uma saudade inexplicável e enche meu peito de malditas esperanças. Me odeio a cada momento por me preocupar tanto com você, odeio você a cada momento que demonstra esse falso sentimento, essa tal 'amizade' que não sei de onde veio nem para onde vai. Não preciso da sua amizade, preciso do seu amor. Mas para o bem de todos preciso ainda mais que você suma, isso, desapareça e leve contigo todos esses malditos sentimentos que me atordoam, leve essas vontades. Você por perto (mesmo que longe) me induz a caminhos incertos, a estradas perigosas e de perigos me basta. Portanto, abro as porteiras do mundo para como um pássaro você voar, voar para bem longe de mim livrando-me das amarras de amar você.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Esse tal conformismo

Existe uma época na vida que você 'cansa' de 'correr atrás' de tudo aquilo que não tem fim, você chega ao nada sem sair dele. Os pensamentos utopistas ganham uma face dura e 'real'. As palavras doloridas de Clarice Lispector já não fazem mais sentido, seu coração vira uma 'pedra'. Aparentemente, você mudou. Seus ideais já não são mais os mesmos, as ideias não condizem e você pensa estar vivendo uma outra fase. Na verdade, você ainda está a cantarolar aquela música que te faz derramar lágrimas, ainda sabe os trechos daquele texto que tanto diz sobre você... Você ainda é a mesma. A dor só mudou de estágio, como se as pilhas estivessem acabando e aquilo que tanto te machuca estivesse adormecendo, enfraquecendo. Mas basta um telefonema para voltar tudo ao estágio inicial. No fundo, tudo está igual, você sabe e não admite estar sem amplidão. É difícil assumir diante um espelho que a realidade está te fracassando, que a dor querendo ou não é confortável, terrivelmente esta é sua realidade, a realidade de não querer a nova fase. A dura e cansativa rotina de querer amar, e amar errado quantas vezes possível.

"A desistência é uma revelação." Já disse Clarice.



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saudade de um setembro qualquer



Eu ouço a nossa música antes de dormir. Eu fecho os olhos e tento imaginar seus lábios na minha nuca. Eu imagino seu abraço numa noite fria. Depois de tudo ainda sonho com você. Te queria por perto, com mais calor, mais vontade, menos orgulho. Vez ou outra você demonstra sentir minha falta, mas logo some e me faz sentir assim, uma boba vulnerável e nada mais. O chato é que eu te preciso, você me precisa, mas talvez não na mesma frequência. O que sabemos é que nos precisamos, e só. Talvez nunca mais nos encontremos, você nunca mais toque meu rosto e diga que sou a mulher que você quer se casar... Talvez a nossa música nunca mais interrompa nosso beijo. Talvez aquela tarde mágica de um setembro qualquer não volte. Mas me conforta saber que ao fechar os olhos posso retroceder e reviver tudo aquilo que agora faz falta, posso ter você, com todos os seus inúmeros defeitos ao meu lado.



Jack Johnson- No other way

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ser mulher.

"E ninguém tem o mapa da alma da mulher."

Nós mulheres somos feitas para o mistério, para a inquietação e para despertar o desejo que há dentro de cada homem.
Somos a sedução em carne, a sensibilidade, a vontade. Pele, química, cheiro...
Representamos a parte verdadeira do ser humano, aquela que não tem medo de chorar, rir e expor ao mundo o que somos. E talvez por isso, por essa coragem, grande parte de nós vive só, sofrendo, chorando, sem um amor. Mas essa grande parte de mulheres são 'homens' o suficiente para exprimir esse vazio que as habitam. Mulher, o chamado 'sexo frágil', o poço de emoções, as rainhas da fé, as melhores parceiras... A espécie hipocritamente julgada de frágil... Somos sorriso,  desejo, alegria, simplesmente somos o que homens temem ser, somos mulheres.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Atordoadamente real

Três da manhã, uma mulher sentada em sua escrivaninha pensando e escrevendo sobre a  vida.
Seria normal, se ela não fosse eu.

Apesar de parecer uma mulher normal, eu sei que não sou. Tenho vontades loucas, escrevo milhões de vezes os mesmos textos e aprendi a conviver com a solidão. Sim, a solidão, aquela que em você pode bater, doer, machucar, mas que comigo é diferente, passamos do estágio de massacre e convivemos bem. Há onze anos. Eu sei que posso parecer uma louca, atordoada dizendo conviver em harmonia com aquilo que massacra todo o resto, mas é o que digo, apesar de parecer normal, eu sei que não sou. Mas sou humana e também preciso de afeto, de pessoas ao redor. Mas sei que pessoas se vão e mentem, machucam e atordoam muito mais que a solidão. É estou sendo narcisista, são três e cinco da manhã, pessoas normais dormindo e eu sentada na minha escrivaninha com uma taça de vinho e a Marisa (Monte) cantarolando ao fundo... Mas eu precisava tirar esses pensamentos estranhos da cabeça e colocar em um texto sem sentido. Quem sabe alguém no mundo não se alivia ao ler isso e ver que tem um outro alguém mais louco por aqui?!

Ao som do rei

E no embalo de uma música do rei eu me sentia abraçada por braços fortes cheios de afeto. O rei cantarolava, nós dançavamos, ele dizia em meu ouvido palavras que qualquer mulher sonha em ouvir, palavras que poderiam ser ditas em vários outros momentos, mas aquele era especial,único. Ah! aqueles braços, aqueles abraços. Faziam com que eu esquecesse tudo que acontecia ao meu redor, e enquanto eu estava ali vivia um momento lindo. Em meu íntimo pedia "canta rei, canta! Eterniza esse momento com tua voz!" E ele estranhamente me atendia, repetia aquele refrão inúmeras vezes e alí tudo que eu sempre sonhei estava acontecendo, eu estava sendo amada como num conto de fadas. Mas a noite acabou, ele, o homem dos braços fortes e dos melhores abraços se foi, não deixou nome, telefone, nada. Deixou a saudade e a vontade de viver outro momento lindo.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Palavras trocadas, inquietações;

E essa imensidão me assombra. Eu sei que não estou perdida. Tudo parece muito perfeito, desconfio de perfeições, tudo parece estar no lugar, está tudo quieto demais. Sou um ser da desconfiança, do questionamento. Gosto de coisas profundas, intensas, verdadeiras. O lugar onde me encontro não é meu, e sei que o meu lugar de fato está vago nessa imensidão chamada vida. E não canso de procurar, mas tentando adaptar-me ao que tenho. É difícil, é. Mas sou humana, é dos meus extintos adaptar para viver. Enquanto essa inquietação me faz pensar, o vento balança minha cortina, é um vento frio como a saudade de tudo que já fui, vez ou outra essa inquietação bate, a vontade de chorar me consome e eu quero no dia seguinte procurar meu lugar no mundo, mudar toda uma vida, reescrever a minha história e começar 'do zero' e ver onde vou chegar. Sou humana, pago para ver, quero mudar mas não sei por onde começar.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Depois de você

E eu não sei quantos papeis rabisquei e joguei fora por achar que o que escrevi nunca era o suficiente para demonstrar o que acontecia dentro de mim. Eu era um vazio que continha todos os sonhos do mundo. Nunca me achei mulher suficiente para amar novamente. Depois de você.
A minha vida se desfez em pedaços de ilusão, dias caóticos, cigarros espalhados e garrafas pela casa. Nunca pude imaginar que era você o que sustentava o edifício todo, logo eu, tão segura... Depois de você a vida perdeu aquele gosto apimentado e toda a energia que tivera outrora. Desmoronei, fracassei, joguei meus sonhos pela janela e bati a porta. Tranquei-me no meu vazio, acostumei-me com a solidão. Tudo isso depois de você.
O tempo passou, e agora vejo que errei. Errei por amor, por amar e por me entregar. Enxergo com outros olhos a vida depois de você. Agora escrevo para mostrar o mundo que sou mulher o suficiente para mostrar o que sinto. Os sonhos foram atirados pela janela, mas me esperaram na porta, sem pressa. E quando abri lá estavam eles, cansados de esperar, mas estavam lá, me invadiram e me transformaram no que sou. Sim, a vida mudou, mudou para melhor depois de você.

domingo, 13 de março de 2011

Ana



Uma taça do vinho que ele esquecera, três cigarros e ali estava feita uma nova mulher. Ana. Trinta, um coração angustiado duas lágrimas escorridas e um amor que se foi.
Uma biografia peculiar, uma mulher com mil e um segredos, duas mil máscaras. Ana jamais deixara claro em sua face o que sentira, o que queria. Parecia frígida, incrédula, inalcançável. Mas amava, e amava muito entregava-se ao amor como uma crinaça indefesa e na mesma proporção que amava, sofria. Sofria Ana por amar calada? Sofria por amar demais? Que angústias aquele coração que mais parecia uma tesouro intocável trazia com aquela mulher? E esse amor que a deixou, quais foram os motivos para tal abandono?
 Ana, mistério, trinta, desejos insaciáveis, uma mente de mulher, um coração de criança.
Uma página virada.
Ela resolvera ser uma nova mulher, escolhera fazer de sua experiência um aprendizado, optou por não colocar sentimento em nenhuma relação a partir daquele momento. Fumou mais um cigarro, jogou as cinzas pela janela e deu boas vindas ao que e quem estavam por vir.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma lady peculiar.

Todos os humanos são atraídos por mim. Não é algo que seja satisfatório, porque sempre optei por ser discreta. Não gosto que usem meu nome, meus efeitos em vão. Gosto de coisas lentas, conquista com sabor de pimenta, adoro perigo, sou perigo. Todos me querem, todos aclamam para um dia me sentir. Mas não sou fácil de ser conquistada, gosto de verdades sem meio termo, gosto de gostos, gosto de gostar, saboreio a contradição.Entrego-me fácil a quem me aceita com todos os meus atributos, entrego-me a quem sabe que no fim ficará sozinho, entergo-me a quem descobre que sou a paixão.

Deixou ser.


Sentada em sua cama, ela lê um livro de Clarice Lispector. Ela está concentrada, seu celular vibra. No visor uma mensagem, era dele. Ela faz cara de surpresa, borboletas surgem na barriga, sentimentos no coração, e dúvidas na cabeça. O que ele queria? Mais uma vez fingir ter errado o destinatário para mecher com ela? Dizer que sentia saudades para vê-la enviar todos os seus sentimentos por pequenos torpedos? O que aquela mensagem tinha a dizer? A moça insegura então decidiu desvendar o mistério, abriu a mensagem, e lá continha um apelo de saudade e um pedido de encontro. Ela não se sentiu surpreendida com ele, e sim com ela, que se sentia segura o suficiente para dizer que não sentia o mesmo e recusar aquele pedido por mais que seu coração pedisse o contrário. A moça foi contra seu coração, mas ela sabia que apartir daquele momento estava liberta para amar, re-amar ou descobrir o que é o amor. Ela deixou-se ser, e não estava arrependida.

domingo, 6 de março de 2011

Aguardar

Eu espero por algo avassalador na minha vida. Algo que traga uma onda de coisas boas, que me faça ter coragem de tirar os objetos que de alguma forma lembram você, alguém que tire o seu cheiro do meu corpo, a sua alma da minha casa e varra as cinzas do meu coração. É a espera pelo novo, a ânsia de querer acertar desta vez, fazer diferente, sentir o gosto doce do amor. Esse alguém precisa me fazer sentir viva, completamente perdida, completamente apaixonada. Erroneamente apaixonada, ou não. Espero por alguém que me faça fazer loucuras, que me faça sorrir... Nada de chorar, sentir demais, amar demais! Sentir levemente, sonhar se possível, viver...
Quero jogar as cartas no lixo, as fotos no vento. Eu quero tudo novo, de novo. O novo me fascina, o mistério me agrada e a espera me motiva.
Esse alguém tarda a chegar, mas eu aguardo anciosamente a chegada que irá revolucionar a minha vida por um tempo, ou para sempre. Eu simplesmente aguardo.

terça-feira, 1 de março de 2011

A mulher que não acreditava.

Ela andava pelas ruas como alguém normal. Ela era normal, ou não. Buscava amor e felicidade assim como qualquer ser humano busca. Mas ela tinha algo diferente. Em suas palavras deixava ecoar mistério, pregava ideologias batidas, acreditava que o mundo era dela, e que talvez ela fosse eterna. A mulher era mistério demais para quem a encontrasse nas ruas. Bastava olhar para ela que sentia algo diferente, uma energia incomum. Tão pequena, com um semblante tão suave... Por que tanto mistério, tanta descrença? Aquela mulher seria mesmo eterna? Ela tinha um amor? Ela lembrava do seu passado? Ela tivera um passado?... Ninguém sabe. Talvez nem ela saiba. Sabe-se que ela busca por um amor e uma alegria eterna os quais ela não encontrará em frases feitas e goles de cerveja. Se um dia essa mulher-mistério quiser de fato amor e alegria eternos ela terá de furar sua bolha de utopia e ter de aceitar que acima dela existe alguém chamado Deus.



"A minha fé ri das suas impossibilidades." Caio F. Abreu

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma história inacabada.

Olhar sua fotografia ainda no meu mural me faz lembrar de um pedido que você me fez no princípio, pediu que eu nunca fizesse um texto sobre nós, pois não teriam folhas, canetas e palavras suficientes para escrever a nossa história de amor. Exatamente com estas palavras você me deixou estarrecida, sem palavras, sem atitudes. Eu prometi a você e ao mundo que jamais iria falar de nós em textos, publicar o amor que sentíamos um pelo outro... Isto é, até você não me amar na semana seguinte.
Hoje, depois de tudo, vi que nossa história teve o início, o meio e o fim. O início perfeito regado de amor e muita confiança, o meio cheio de noites em claro e ausência e então o fim... Lembrar de tudo isso, me faz pensar para onde foi tanto amor? Onde estão as páginas de uma bela história de amor? Olha baby, me perdoa, mas é preciso questionar, procurar saber. Nossa história aconteceu como eu no fundo imaginava, como todas as outras que eu vivi com o princípio de sonhos, o meio morno e o fim meu, destroçado, jogado, estilhaçado, inacabado. A nossa história não iria surpreender ninguém baby, não foi como eu sonhei, como você falou. E eu caí em mim que acabou, incrivelmente uma história completa terminou inacabada. A sua foto ainda está no mural porque você ainda tem a chave da casa e do coração. Não digo que estou disposta a completar as páginas que ficaram em branco porque o amor acabou e você escreveu o fim sozinho.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um coração e um edifício.

Antes de bater a porta, você jogou meu coração no chão. Vendo ele ali naquele estado, todo estilhaçado você fechou a porta e saiu, para 'nunca mais' voltar. Eu não sabia bem o que fazer depois que vi aquela porta batendo, você indo, e meu coração ali, caido, quebrado, ferido. O meu mundo estava desabando, todas as lembranças passavam por mim rapidamente, e saber que aquilo tudo jamais aconteceria novamente era como estar morrendo... Recomeçar após a sua partida foi como reerguer um edifício sem varrer as cinzas. Você não sabe o quanto foi difícil juntar todos os cacos de um pobre coração machucado e colar, fazer dele o mais belo dolorido coração. Agora me deparo com seu pedido de perdão, pedindo que eu esqueça tudo e recomece. ES-QUE-ÇA, mais uma vez você me pedindo para esquecer. Primeiro, você. Agora, o que você fez. Seria fácil se eu ainda fosse a garota apaixonada que acreditava em frases feitas, eu correria para os seus braços sem titubear e arriscaria todo o edifício e o coração machucado, viveria nesta ilusão mais uma vez até você novamente me pedir para esquecer. A partir do momento que você bateu aquela porta e tudo acabou, eu tive que aprender a viver sozinha, aprendi que é possivel sim ser feliz sem sua presença, vi que existia um 'eu' antes de nós. Então dei vida a esse 'eu' que me fez viver, e me transformou em quem sou agora. E enquanto colava os cacos do meu coração fui fazendo questão de selecionar os cacos bons, isto é, os que não tinham relação alguma com você. E agradeça-me, porque assim como você pediu, eu te esqueci.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sutilmente real

O meu sonho de adolescente era um amor para a vida toda, aquela coisa meio conto de fadas com final feliz. Vivi de utopia por quinze anos até a realidade arrombar a porta da minha vida e fazer morada. Me dando surras para aprender o que é a vida. Não foi fácil destruir todo um sonho e aprender a me adaptar a vida real. Lágrimas, solidão e todos os seus derivados vieram na mala da realidade, agrediam-me sem que ninguém percebesse destruiram tudo que um dia eu quis ser um dia e me transformaram no que sou hoje. O que sou hoje? Uma mulher jogada as traças, com muitas desilusões na bagagem e sem sonhos relacionados ao amor. A realidade foi dura comigo, me fez ver que o mundo não gira ao meu redor e que príncipes não existem. Depois de provar e passar por tudo que passei, eu não sei se estou segura para amar um dia. A realidade arrancou todos os sonhos, mas deixou uma ponta de ilusão, quem sabe, numa esquina um sentimento mais sutil me abrace e me faça ver que a realidade não é tão vilã, no entanto, ela destruiu meus sonhos, rasgou minhas páginas de era uma vez e me fez a bruxa da história onde agora só existe eu.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vulnerabilidade.

Lembro de quando sentava numa cadeira e esperava você chegar. Era uma sensação engraçada que eu sentia quando você me olhava com esses olhos negros e enigmáticos. Quando me abraçava e me envolvia nos seus braços dispertava mais que borboletas, eram pássaros na barriga. O coração pulava, queria sair pela boca junto a palavras de carinho. Eu não entendia bem o que era aquilo, afinal, era tudo muito novo na minha vida. Só sabia que queria viver, junto a você.  Eu definitivamente estava vivendo tudo que sempre sonhei. Nunca desconfiei que por trás de tanto 'afeto', você brincava com tudo aquilo que eu sentia. Zombava de coisas sinceras e queria rir, apenas rir da minha ingenuidade.Depois que descobri, sofri. Passei dias e noites derramando lágrimas e me perguntando onde errei. Bom, eu até agora não descobri, mas eu devo agradecer a você por me fazer enxergar que não posso ser tão vulnerável a esse tal amor. Realmente ele é fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente, ardeu, doeu, machucou e você não sabe o quanto. Depois de você, os outros serão os outros e só. Pois nunca mais prentendo entrgar-me ao amor como me entreguei a você. A vulnerabilidade acabou, e uma nova pessoa graças a você nasceu em mim. E sim, existem males que vem para o bem, porém você é um mal que ficará guardado no baú das lembranças o qual nunca mais abrirei. Quero fazer de você o estranho, o nunca visto e nunca sentido. Você foi e levou o amor que existia em mim, então, nada mais justo que dizer fim.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sobra tanta falta.

Nunca pensei que o vazio me dominaria por inteira. Que eu sentiria uma dorzinha fina no fundo da alma e que isso iria incomodar por tanto tempo. Pensei que fosse passageiro, mas não é. Bom, eu não sei bem o que é isso, é uma espécie de sentimento novo na minha vida, a falta. Jamais imaginei que coisas tão supérfluas fariam tanta falta. FALTA, essa palavra entrou no meu vocabulário e na minha vida sem pedir licença, acomodou-se e agora não quer mais ir embora. O que é isso? O que tomo para isso passar? Isso passa? O que raios é falta? Alguém explica? Não, ninguém explica. Todo o mundo sente. É como uma doença sem cura, ninguém sabe quais são as consequências. Só sei que sinto falta. Dos amigos, dos sorrisos, daquelas brincadeiras um tanto quanto infantis, daquele amor que outrora balançou minha vida, do ursinho de pelúcia que eu não podia tocar por conta da alergia, do abraço de uma amiga, dos olhares de um cafajeste, daquela troca de olhares com segundas e terceiras intenções, da, do, das, dos, daqueles, daquelas... Tudo que um dia surgiu na minha vida e hoje faz falta. Ando sofrendo por conta disso, dessa espécie de 'sobra de falta', são tantas coisas que faltam, que hoje já até sobram faltas, e não vejo problemas em repetir mil vezes a palavra falta. Porque eu sei o que sinto, e sei que muita gente sente também, falta.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estranhos íntimos.

Ultimamente tenho passado por um momento muito especial. Denominei-o como 'Período do NADA'. Isso mesmo caro leitor, nada. Esse momento foi algo muito sonhado por mim desde a minha primeira desilusão no ensino fundamental, o carinha desejado massacrou meu coração pela primeira vez e desde então era isso que ele (coração) estava habituado, sofrer, nunca aprender. E então agora, alguns (cinco) anos depois, me vejo assim, uma mulher que chegou onde queria apesar das dores. Sabe aquela sensação de alívio, de acordar e não pensar em ninguém a não ser em você? De dizer frente a um espelho "eu não amo ninguém, além de mim.".Pode parecer egocentrismo, pode ser egocentrismo. Mas, que seja. Porque ninguém além de mim e meu coração sabe o que passamos para chegar onde estamos. Eu falo de dor, aquela coisa que corroe e te deixa sem chão. E só. A sensação que estou vivendo é boa, e estou a provar dos prazeres desta. Porém, sou humana, e espero que um dia eu e meu coração possamos ser felizes e voltar a nos completar, e que a função desse coração que outrora foi machucado seja outra além de bombear sangue. Espero por alguém que faça de mim e do meu coração o complemento. Pois agora somos estranhos íntimos que habitam o mesmo corpo, e só. Estamos de férias dessa coisa chamada amor, esse sentimento foi para nós como uma viagem de ida sem dinheiro para voltar, e voltamos a pé, aos trancos. Mas chegamos. E só temos a agradecer ao carinha do ensino fundamental por estimular nossa dor e ainda mais nosso crescimento.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dubiedade



Teus olhos dizem coisas que tua boca emudece. Que segredo escondes por trás desse olhar?
Decifro-te e devoro-te, é o que mais quero. Faço qualquer esforço para saber o que passa dentro dessa cabeça, o que aquece esse coração. Dá-me uma chance, uma única chance de desvendar todo esse mistério que te envolves. Sorri com leveza uma única vez, deixa-me sentir tua alegria, compartilha comigo tua dor. Eu quero estar ao teu lado, quero devorar-te com toda a minha ânsia. Quero que teus mistérios me envolvam também, fazendo de nós, um. Um único ser, um único mistério. Olhe para mim e permita que eu invada tua alma e te decifre. É o que eu mais quero.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que querem as mulheres.

Homens vivem especulando o que querem as mulheres. Homens, tão confusos, perdidos...
Acham que para nós mulheres um anel caro ou uma bolsa Prada resolvem todos os nossos problemas.Acreditam que somos fortes o suficiente para suportar a dor de uma desilusão sozinhas. E que somos o perdão em corpo, alma, carne...
A vida seria até mais fácil se todos os nossos problemas fossem resolvidos com bolsas, sapatos, vestidos... Mas o que nós mulheres queremos, precisamos e sonhamos é mais simples e barato do que todos os homens imaginam.
Abraços,sorrisos, carinhos, afeto. Tardes ensolaradas num parque, domingos chuvosos sobre um edredom, dormir de 'conchinha', jantar a luz de velas, conversar bobagem, pisar numa poça de lama, falar do dia, ouvir, falar, sonhar a dois, um sms bobo dizendo 'eu te amo', um telefonema tarde pra dizer 'tô pensando em você', um recado na geladeira, contato, carne, química, pele, cheiro,pecado, banalidades... A lista é grande e sempre tem uma vírgula após um desejo. Somos mistério, antítese mas desejamos, queremos mais que tudo um par, um homem que consiga se importar com o que se passa por dentro de nós. Que entenda a nossa fragiliadade. E que as bolsas e os objetos caros caiam no marasmo e deem lugar a desejos simples, baratos e saciáveis. Nós mulheres queremos amor de verdade. E só.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tão frágil quanto um vaso.


Elogias meu olhar. Diz que sou forte e enfrento qualquer desafio.
'Achas que sou forte.'

Não sabes o quão frágil sou, o quanto me importo com coisas simples, e o quanto esse amor unilateral têm me machucado. Sinto falta de coisas que entre nós eram simples, e para você passou despercebida. Um beijo, uma carícia, um abraço com afeto de verdade. São coisas simples, rotineiras, mas que para mim, uma mulher, possuem um significado diferente, peculiar.
E por achares que sou tão forte, tem me feito amar e sofrer sozinha. Sim, eu sinto falta do teu olhar, do teu celular tocando a cada cinco minutos e nos interrompendo, das saídas na madrugada para não fazer nada... Eu descobri que o que nutres por mim não é amor. É qualquer coisa, mas não é amor. Medo ? Respeito? Talvez, mas não é amor. E é amor o que quero, portanto respeite menos e me ame mais. E descubra a doçura que existe em mim, note que sou tão frágil quanto um vaso.

sábado, 29 de janeiro de 2011

A sua espera;

E eu espero tanto a sua chegada. Como uma criança espera dar os primeiros passos, um cego espera enxergar, um utópico espera amar. Eu sei que posso estar cega, dando passos errados e sendo mais que utópica. Mas sabe quando você tem certeza que algo bom está vindo pra você? Pois bem, sinto isso. Depois de tanto chorar, de viver relacionamentos unilaterais, eu tenho a certeza que você estar por vir. E a ansiedade me consome cada a cada dia, a espera de um email, de uma carta, um telegrama, um telefonema. Sonho todas as noites em estar com você numa tarde ensolarada, numa noite de lua, amando. Eu quero você ao meu lado. E que não seja unilateral, que seja completamente recíproco. Mútuo, verdadeiro, nosso. É o que mais espero, é o que mais quero. É você que eu quero. Mas eu preciso saber quem és, eu preciso que chegue, dê um sinal, e diga : Eu te amo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que chamaria de utopia.


Ele é o homem que eu sempre desenhei na última página do meu caderno no colegial. É um sonho. Carinhoso, bondoso, um lord. Compreende todos os meus desejos, sonha os meus sonhos, canta as minhas músicas, lê os meus livros, vive a minha vida. Tudo que eu sempre quis. É sedutor, sabe me ganhar com um piscar de olhos. E quando usa a mesóclise, ah! a mesóclise... diz baixinho no meu ouvido 'amar-te-ei para sempre minha senhorita.' ah como me tem fácil! Sinto até raiva por ama-lo tanto assim. Tão perfeito, tão meu. Adoro sentir a barba dele passar pelo meu rosto, sentir seus beijos com ternura. É boa a sensação de saber que sou amada. Melhor ainda quando se trata de um homem tão perfeito. Perfeito a ponto de tê-lo só para mim, e encontra-lo toda noite nos meus sonhos, somente nos sonhos.

Paradoxo.

Ultimamente tenho tido vontades loucas. Vontade de escrever sobre tudo aquilo que me convém, falar sobre o cotidiano, tirar o cabresto do tal amor e falar da vida. Falar de coisas banais que no fundo tem sentido. -Talvez seja porque estou lendo Clarice Lispector demais.- Enfim, acontece com todos os seres humanos acredito eu; Essa vontade de mudar, renovar. Mas é claro, sem deixar aquela ponta nostalgica de lado. Vai que bate uma saudade? é só puxa-la. Falando em saudade, tenho sentido uma coisa dentro do peito que não sei se de fato é saudade. Acho que ainda não, mas poderá vir a ser, este é o problema. Nunca quis sentir saudade de ninguém, nunca aprendi a ter saudade. Eu preciso de pessoas, ao mesmo tempo que prefiro estar só. É algo muito paradoxal, eu sei. Eu gosto de pessoas, de estar com elas. Mas pessoas são pensantes, são problemas. Como pessoa posso afirmar.Eu estou me renovando. E que atire a primeira pedra que nunca teve vontades loucas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando a felicidade liga.

E hoje eu decidir não falar de amor. Quero falar de mim, do mundo e das pessoas. Chega de lágrimas, vamos falar de sorrisos, chega de dor, eu quero falar da felicidade. Felicidade esta que procuro a muito tempo em todos os lugares, mas nunca a encontrei. Na verdade, encontrei hoje.

Eu andava pela rua, normalmente. Observando as pessoas, os lugares, os sorrisos. Era só mais um dia. Eu iria cumprir minha rotina e só. Depois de um café examinaria alguns papeis e cumpriria aquilo que me fora dado. Nada de diferente para um mortal.
Mas a vida, o destino ou qualquer outra coisa relacionada a isso resolveu me pregar uma peça. Me fez acreditar que tudo seria normal, que realmente nada aconteceria. E eu cai.
Recebi um telefonema que me fez paralisar. Parar tudo que fazia, descer as escadas e ir a rua buscar sorrisos e ser feliz, um telefonema que me fez acreditar que a felicidade existe e que ela não anda vinculada com a monotonia. Um telefonema, um simples telefonema, me apresentou a felicidade.

domingo, 16 de janeiro de 2011

I can fly

O barulho de asas me fizeram acordar de um sonho maravilhoso. Eu ainda estava anestesiada, os ponteiros marcavam cinco da manhã. Ainda estava escuro. O barulho que me acordara ainda prosseguia, eram asas, era um pássaro. Ele voava com suas asinhas pequenas de um lado para o outro como se estivesse preso em uma gaiola, ele almejava liberdade. Pensei por um instante porque aquele pequeno pássaro não saia voando daquele quarto escuro já que parte da janela estava aberta. Ele não ía embora. Acendi o abajour caminhei até a janela e a abri por inteira, talvez depois dela aberta completamente ele voasse para sua liberdade. Mas não, ele não saiu, continuou a voar de um lado para o outro entre quatro paredes. Voltei para a cama e me coloquei a observar os movimentos eufóricos do pássaro e comecei a comparar minha vida a dele. Tinhamos a vontade, almejavamos e tinhamos a liberdade. Por que não voar? Se eu queria tanto que aquele pássaro voasse para sua liberdade, por que eu não 'voar' para a minha também?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A contadora de histórias.


Ela anda com leveza. Leva um sorriso. Dentro daquela cabeça leva mil e um desejos e um único sonho. 
O de contar histórias. 
Ninguém que a vê logo sabe de suas vontades. 
Ela é mistério. Ela é antítese. 
 O que mais quer é contar histórias de guerras, de gente, de amor.  Ao certo ninguém descobriu qual é. O que se sabe é que ela quer contar uma história.

A pequena misteriosa caminha em busca de um ouvinte. Se encontra-la nas ruas, ouça-a, ela só quer contar uma história.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O mistério de Anabelle

Ela estava sentada na grama. O vento batia e levava seus cabelos a uma dança estranha mas que não deixava de ser bela. Ela estava a espera de algo. Ela esperava alguém. Mas quem?
Seus olhos negros olhavam atentamente a cada pessoa que passava por ela e um semblante triste tomava conta de seu rosto. Quem Anabelle esperava naquela tarde cinza?
Naquela grama ela ficou horas olhando, sentindo, esperando algo ou alguém que só ela sabia o que ou quem. Ela esperou, esperou tanto que cansou, levantou-se e seguiu seu caminho. Com a decepção nos olhos e o mistério do que com tanta ansiedade aguardava.