quarta-feira, 15 de junho de 2016

Intitulado

Você fala que está sem tempo.
Diz que não pode vir. 
Me deixa triste. 
Mas ok.
Dois dias depois a minha campainha toca.
As sete da manhã.
Viro de um lado para o outro na cama.
Reluto.
Não quero saber quem é.
O celular toca.
Nossa foto.
Faço beicinho.
Atendo.
"Abre a porta!"
É você! 
Só você. 
O coração dispara.
As mãos tremem. Corro. Abro.

Te encaro por 10 segundos, ou mais. Não sei.
Por uma fração de segundo encontro a resposta da pergunta que me faço há dois anos, por que amo demais?

Porque é VOCÊ.

domingo, 12 de junho de 2016

Treze

Hoje é segunda, treze.
Pior que uma sexta treze, só uma segunda.
Pior ainda, nosso dia sem você ao lado.
Dois anos que o treze passou a ser meu número da sorte.
Dois anos que aprendi que posso sim, amar intensamente mesmo você estando há vários quilômetros de distância.
Dois lindos anos de sorrisos, cumplicidade, lágrimas e amor.

Sobretudo, amor.

Muito amor.

Redundante, piegas e clichê, AMOR.

Torto, do nosso jeito, Amor!

Feliz dia treze, treze vezes, amor!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

MAKTUB.

Ela sabia que aquele romance seria um grande problema em sua vida.
                 
MAKTUB.


Ela também sabia que queria viver aquilo. Só não sabia como.

Ela olhava fixamente para aqueles olhos mel e o sorriso largo e sempre otimista e pensava que poderia ficar ali admirando por pelo menos os próximos 200 anos.

Ela apaixonou-se pelos pequenos detalhes, pelo pouco de carinho que fora demonstrado. Encantou-se por aquilo que poderia ser.

Mas ela sabia em seu íntimo que era problema. Mas decidiu arriscar.

Sorriu de volta, tomou um, dois, dez drinks e compartilhou toda a sua vida. Abriu-se, deu a chave da casa e do coração. Viveu por grande parte do tempo em um mundo fabuloso onde ali só existia o amor.

Entregou - se inteiramente, mergulhou...

Esqueceu por um ano e meio que já sabia que o romance era problema.
Quanto mais alto o amor a levava, mais alto ela queria ir.

Estava feliz como há muito não fora.

Mas aí a realidade dura, cruel e muda, bateu a sua porta e quando ela abriu, a realidade puxou o amor pelo braço, como quem já havia dito para o amor não juntar - se com essa gentalha e o levou.

Ela? Ficou ali, na porta, parada, sozinha.
E na sua cabeça, apenas um pensamento martelava:
'Você sabia que era problema.'
                      MAKTUB.