sábado, 30 de abril de 2011

Para quando você voar


Você gira o mundo em busca de novas aventuras, ri, namora, vive. E quando cansa, por um segundo disca aquele número que para você é um SOS, me acorda no meio da noite para dizer sentir uma saudade inexplicável e enche meu peito de malditas esperanças. Me odeio a cada momento por me preocupar tanto com você, odeio você a cada momento que demonstra esse falso sentimento, essa tal 'amizade' que não sei de onde veio nem para onde vai. Não preciso da sua amizade, preciso do seu amor. Mas para o bem de todos preciso ainda mais que você suma, isso, desapareça e leve contigo todos esses malditos sentimentos que me atordoam, leve essas vontades. Você por perto (mesmo que longe) me induz a caminhos incertos, a estradas perigosas e de perigos me basta. Portanto, abro as porteiras do mundo para como um pássaro você voar, voar para bem longe de mim livrando-me das amarras de amar você.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Esse tal conformismo

Existe uma época na vida que você 'cansa' de 'correr atrás' de tudo aquilo que não tem fim, você chega ao nada sem sair dele. Os pensamentos utopistas ganham uma face dura e 'real'. As palavras doloridas de Clarice Lispector já não fazem mais sentido, seu coração vira uma 'pedra'. Aparentemente, você mudou. Seus ideais já não são mais os mesmos, as ideias não condizem e você pensa estar vivendo uma outra fase. Na verdade, você ainda está a cantarolar aquela música que te faz derramar lágrimas, ainda sabe os trechos daquele texto que tanto diz sobre você... Você ainda é a mesma. A dor só mudou de estágio, como se as pilhas estivessem acabando e aquilo que tanto te machuca estivesse adormecendo, enfraquecendo. Mas basta um telefonema para voltar tudo ao estágio inicial. No fundo, tudo está igual, você sabe e não admite estar sem amplidão. É difícil assumir diante um espelho que a realidade está te fracassando, que a dor querendo ou não é confortável, terrivelmente esta é sua realidade, a realidade de não querer a nova fase. A dura e cansativa rotina de querer amar, e amar errado quantas vezes possível.

"A desistência é uma revelação." Já disse Clarice.



quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saudade de um setembro qualquer



Eu ouço a nossa música antes de dormir. Eu fecho os olhos e tento imaginar seus lábios na minha nuca. Eu imagino seu abraço numa noite fria. Depois de tudo ainda sonho com você. Te queria por perto, com mais calor, mais vontade, menos orgulho. Vez ou outra você demonstra sentir minha falta, mas logo some e me faz sentir assim, uma boba vulnerável e nada mais. O chato é que eu te preciso, você me precisa, mas talvez não na mesma frequência. O que sabemos é que nos precisamos, e só. Talvez nunca mais nos encontremos, você nunca mais toque meu rosto e diga que sou a mulher que você quer se casar... Talvez a nossa música nunca mais interrompa nosso beijo. Talvez aquela tarde mágica de um setembro qualquer não volte. Mas me conforta saber que ao fechar os olhos posso retroceder e reviver tudo aquilo que agora faz falta, posso ter você, com todos os seus inúmeros defeitos ao meu lado.



Jack Johnson- No other way