sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ao atoa

Eu nem sei porque estou escrevendo sobre você. Francamente. Até porque você não foi absolutamente nada. Quando digo NADA, é no sentido inteiro, puro e sincero da palavra. Nada além de beijos ardentes e palavras ao pé do ouvido. Diferente de algum outro? NÃO. Da mesma maneira que todos os que vieram antes, seguindo o clichê da sua 'raça', você disse que queria "só curtir". Vem cá, você sabe o quanto uma mulher se sente usada por ouvir/ler isso? Sério, olha nos meus olhos qualquer dia e me responde esse questionamento. Mas de antemão já te digo, todos que disseram que queriam "só curtir", voltaram. Arrependidos, com cara de cachorro-que-caiu-da-mudança. Juro, todos voltaram. Tão piegas, não acha? Olha, não pense que isso é uma maneira de elevar o meu ego, dizer que querendo ou não tudo que passa por mim gira o mundo mas cai aos meus pés...
Repito, não sei porque você martelou meus pensamentos, enfim...
Talvez seja porque eu saiba que você, fiel seguidor dos clichês masculinos não vai fugir á última cena do teatro de ridicularidades, você vai voltar. Mas não demora não. Afinal, produto vencido tem validade até para ser trocado. 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Desculpas não adoçam meu café*





-Café? -Sim, dois.
-Açúcar ou adoçante?


Ele estava estonteante. O frio geralmente o deixava mais pálido e aqueles olhos -os meus olhos-, ficavam com uma cor diferente, que eu amava. Brasília nunca tivera um frio tão severo, a cidade estava completamente branca e seca. Assim como meu coração. Eu o deixava falar, não interrompi nem por um segundo, eu queria que ele falasse, queria ver o movimento dos seus lábios, queria ver como ele tocava os sachês de qualquer coisa que estava sob a mesa, como ficava irritado quando sentia que eu o olhava nos olhos fixamente... Eu apenas queria observa-lo. Ele pediu que me pronunciasse por duas vezes, mas ele me conhecia bem e sabia que nenhuma palavra sairía dos meus lábios enquanto ele não finalizasse seu miserável discurso. Discurso esse, carregado de erros, literalmente. O rapaz de olhos diferentes e pele pálida tinha consciência de que nada que ele falasse iria mudar minha decisão, mas humano que era decidiu tentar. Tentativa falha. Então ele decidiu dar sua última carta,
-Desculpa?!
-Desculpas não adoçam meu café.














*"Desculpas não adoçam meu café", é uma frase de uma grande amiga Thaís de Castro.

domingo, 13 de maio de 2012

Mère

Francamente, eu não te culpo por tudo que aconteceu. Não culpo ninguém. Até agradeço em certos momentos por tudo. Talvez se a vida não tivesse nos colocado este empecilho eu não fosse assim hoje. Sabe, eu cresci muito, e as coisas comigo funcionam de maneira diferente que com as pessoas que mantém uma base comum. Esse erro teu, fez com que eu criasse um perfil enigmático, que não consegue desabrochar nem tampouco dizer o que sinto aos demais humanos que me rodeiam. Eu poderia olhar nos teus olhos e dizer "Viu o que você fez?" mas não teria coragem. Quem sou eu para julgar-te? Olha, em dias assim, a ausência me dói três vezes mais, a falta foi superada, mas é que sou humana e mantenho um coração batendo dentro desta caixa e ele sente um vazio que por mais que dez outras mães surjam, ele continuará a aparecer nesses dias como hoje. Não quero que sinta-se feliz por eu estar expondo essa situação, por estar falando em você, entenda, isso não é um apelo de saudades é uma declaração de conformismo que pode ser até contraditória, mas o que não é contraditório quando está relacionado a você?.Bom, seja feliz, voe com o vento e encontre seu destino. Obrigada por ter me posto no mundo literalmente.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Esperanças novinhas em folha*

Tenho passado por algumas transformações. O novo tem  vindo com  muita ânsia de ficar e tem  gerado certo tormento em  minha cabeça. Amo mudar, adoro essa coisa de estar em  um lugar diferente a cada dia, de conhecer tudo de inédito que o mundo tem  a me mostrar. Estou em  um  lugar completamente diferente do que imaginei, lidando com  situações até inusitadas e estou tirando o que de melhor essa experiência tiver, queria que fosse 'para sempre', mas a vida já mostrou da pior maneira possível que para mim o 'para sempre' não existe. Estou confusa em meio a tantos pensamentos e mudanças, mas não perdi ainda minhas esperanças, e a cada dia tenho uma novinha em folha me esperando para (re)começar. O coração, bom, aprendeu a verdadeira função, bate cada vez mais valente e deixou o cérebro decidir o que é melhor para mim. Estou no ápice da minha alegria, ultimamente tenho tido tempo para contemplar o que de melhor a vida tem me dado, deixei inúmeras coisas/pessoas que nada me acrescentavam para trás e então tudo começou a caminhar. Ei vida, obrigada. Fique assim por mais tempo, por mais um segundo, deixe-me ser feliz, maybe this time, I'll be lucky.