segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Clarice;

Folhas amareladas, textos mal escritos. Nostalgia.
Tudo sem muito sentido, muito abstrato faz-me recordar Clarice.
Os dias de primavera, com o parque completamente coberto por flores de todas as cores lembra-me seu olhar.
A tanto tempo não vejo Clarice. A tanto tempo penso nela.
Onde andarás Clarice?
Escrevendo marchinhas de carnaval ? Participando de grupos subversivos?
Como estará Clarice?
Lembra-se de mim?  Ainda lembra o tom de minha voz cantando o amor a ela?
Clarice, lembra-se de meus versos escritos em seus cadernos de folhas coloridas?
E meus sorrisos, que tanto elogiava. Lembra-se ?
Por onde andas? Para onde vais?
Onde está Clarice?
São 'tiros' no escuro. Sem direção, sem saber onde irá atingir. E se atingir por favor, acerte Clarice. 


[Patrícia Vidão]

domingo, 26 de setembro de 2010

A nossa canção

Por mais massante que seja, escuto nossa canção diariamente. Ao ouvi-la recordo cada momento ao teu lado, cada carta enviada, tuas palavras em meus ouvidos juntas a 'nossa música'.
Tudo isso me faz acreditar que fui feliz ao teu lado. Muito feliz.
No embalo da canção permito-me viajar, sonhar.
Flutuo nesse mundo imaginário. Viajo na nostalgia.
Quem me dera viver de sonhos. Nesse sonho.
Porque aí teria você, nossa canção, nosso amor para sempre comigo. E quem sabe, viver não seria mais tão massante.


[Patrícia Vidão]

Maybe this Time

E quem sabe desta vez terei sorte. Deixarei de ser figurante a passarei a ser a atriz principal.
Quem sabe desta vez eu o olharei de uma forma diferente;
Quem sabe desta vez eu amarei menos. Viverei mais;
Quem sabe desta vez serei feliz.

Tudo soa ao meu favor. Nenhuma contradição, nenhum medo.

O que me falta é você. E quando chegares eu peço que seja doce. Porque este, é meu tempo.


[Patrícia Vidão]

terça-feira, 14 de setembro de 2010

I Need

Perco-me em cada sorriso teu. Teus abraços quentes me trazem paz. É dificil assumir mas, eu preciso de você.
Cada dia mais.
Abraça-me com fervor. Faça-me de teu travesseiro, deleite-se em mim, em meu amor.
Nunca dei sorrisos semelhantes aos teus. Disse palavras de carinho, demonstrei minha paixão.
Mas no fundo você sabe, eu preciso de você.
Cada dia mais.
Dê-me uma única oportunidade de demonstrar meu amor. Do meu modo. 
Permita-me amar-te para sempre, como eu quero. Afinal,
Eu preciso de você, cada dia mais.


[Patrícia Vidão]

domingo, 12 de setembro de 2010


Ela olhava pro além e imaginava o que poderia estar acontecendo na correria da sua cidade. Ela estava 'praticando o nadismo' a muitos dias, meses.
Procurara um refúgio como forma de carregar suas energias positivamente. Não só, ela queria esquecer o que fizera.
Suas atitudes sempre foram muito impulssivas. Ela sempre falara tudo que lhe viera na cabeça, agiu sempre como quis. Ela sonhava. 
Não só, ela queria.
Mas queria de uma forma diferente, sem clichês. Ela queria da sua forma.
E por inúmeras vezes ela quis demais. Sonhou demais.
Não era certo agir como agiu. Tinha ciência. 
Mas já havia acontecido. E não haviam possibilidades de retroceder. Retrocessos nunca fizeram parte de sua vida. Ela sofria e fazia sofrer. 
Ela era humana. Humana que errava demais.


[Patrícia Vidão]

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A princípio, o dono dos meus sonhos.
Arrancava sorrisos de meu rosto e sentimentos profundos de meu coração. Recitava poemas e cantava minha música preferida.
Fazia-me sonhar a cada suspiro. 
Mas nunca me entendeu. Nunca soube o que passava em meu coração. Não sabia dos meus sentimentos. 
Não me conhecia.
 Queria poder ser realmente frigida como disseste. Mas infelizmente minha missão é ser como sou, Alice.
Uma eterna 'sofredora', uma eterna apaixonada. 
Uma eterna utópica.




[Patrícia Vidão]

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Conjugar.

E na minha ânsia de acertar, de manter meu controle te deixei partir.
Eu queria fazer tudo certo. Apenas não começar pelo meio e fingir-me feliz mais uma vez. Queria tornar-me plural. Queria junto a ti conjugar o verbo amar. Queria não me decepcionar. E não decepcionar-te. Caí em meus erros. Afundei-me em meu mar de medos. Meu mar de erros. E te deixei partir. Você, nossa nau¹ e meus sonhos.
Talvez tenha sido egocentrismo. Talvez, necessidade.
Não sei.
Estamos á deriva, esperando um socorro. Estamos longe do cais. E só temos um ao outro. Mesmo que distantes.


[Patrícia Vidão]

Silêncio das estrelas.

Observo as estrelas.
Toda noite. Uma a uma.
Estrelas são sempre tão belas. Tão perfeitas. Tão inatingíveis.
Elas sempre teem algo a dizer.Por mais que seja em seu silêncio.
Faça chuva, faça sol. A noite cai e elas estão lá. Brilhantes, felizes.
Literalmente acima de tudo e todos.
Tão sós, tão juntas.
...
Estrelas são sempre tão estrelas.




[Patrícia Vidão]