quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Já era

Já era amor antes de ser.
Sim.
Já era.
Mas eu só notei aos poucos.

Notei que estava apaixonada quando vi você com mãos trêmulas no primeiro encontro.
Percebi que era recíproco quando entrei em seu carro e vi uma pasta sertaneja (porque eu sei que prefere outros ritmos).
Percebi que era querer quando você citou engenheiros do hawaii com uma cara de sem graça e me disse "eu não vim até aqui para desistir agora".
Percebi que era amor quando você veio me dar colo em meio a uma tpm (mesmo sabendo que sou o cão).

Percebo que é amor toda vez que escuto tua risada.
Toda vez que tu diz estar feliz.
Toda vez que parecemos encaixar perfeitamente no abraço.
Toda vez que falamos algo juntas.
Toda vez que brigamos e pedimos desculpas sinceras.
Toda vez que me permito ser eu com você em meio a várias pessoas.
Toda vez que vai embora e 5 minutos depois diz que está com saudades.


A vida parece já ter se acostumado com a tua presença.

Minha casa reclama quando não vens, exalando teu perfume por cada canto que passo.
Meu corpo pede teu abraço em todos os momentos.



Os incrédulos que me perdoem.

Mas é amor.

No mais puro significado da palavra, é.

Caso não seja, utilizo provisoriamente este nome, amor.


Porque ainda não descobriram nada mais forte que amor para denominar de nós.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Intitulado

Você fala que está sem tempo.
Diz que não pode vir. 
Me deixa triste. 
Mas ok.
Dois dias depois a minha campainha toca.
As sete da manhã.
Viro de um lado para o outro na cama.
Reluto.
Não quero saber quem é.
O celular toca.
Nossa foto.
Faço beicinho.
Atendo.
"Abre a porta!"
É você! 
Só você. 
O coração dispara.
As mãos tremem. Corro. Abro.

Te encaro por 10 segundos, ou mais. Não sei.
Por uma fração de segundo encontro a resposta da pergunta que me faço há dois anos, por que amo demais?

Porque é VOCÊ.

domingo, 12 de junho de 2016

Treze

Hoje é segunda, treze.
Pior que uma sexta treze, só uma segunda.
Pior ainda, nosso dia sem você ao lado.
Dois anos que o treze passou a ser meu número da sorte.
Dois anos que aprendi que posso sim, amar intensamente mesmo você estando há vários quilômetros de distância.
Dois lindos anos de sorrisos, cumplicidade, lágrimas e amor.

Sobretudo, amor.

Muito amor.

Redundante, piegas e clichê, AMOR.

Torto, do nosso jeito, Amor!

Feliz dia treze, treze vezes, amor!

segunda-feira, 6 de junho de 2016

MAKTUB.

Ela sabia que aquele romance seria um grande problema em sua vida.
                 
MAKTUB.


Ela também sabia que queria viver aquilo. Só não sabia como.

Ela olhava fixamente para aqueles olhos mel e o sorriso largo e sempre otimista e pensava que poderia ficar ali admirando por pelo menos os próximos 200 anos.

Ela apaixonou-se pelos pequenos detalhes, pelo pouco de carinho que fora demonstrado. Encantou-se por aquilo que poderia ser.

Mas ela sabia em seu íntimo que era problema. Mas decidiu arriscar.

Sorriu de volta, tomou um, dois, dez drinks e compartilhou toda a sua vida. Abriu-se, deu a chave da casa e do coração. Viveu por grande parte do tempo em um mundo fabuloso onde ali só existia o amor.

Entregou - se inteiramente, mergulhou...

Esqueceu por um ano e meio que já sabia que o romance era problema.
Quanto mais alto o amor a levava, mais alto ela queria ir.

Estava feliz como há muito não fora.

Mas aí a realidade dura, cruel e muda, bateu a sua porta e quando ela abriu, a realidade puxou o amor pelo braço, como quem já havia dito para o amor não juntar - se com essa gentalha e o levou.

Ela? Ficou ali, na porta, parada, sozinha.
E na sua cabeça, apenas um pensamento martelava:
'Você sabia que era problema.'
                      MAKTUB.

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Ironia

A vida é uma coisa muito engraçada, anos atrás, eu diria que tudo o que está acontecendo comigo era 'destino'. Hoje eu prefiro dizer que é ironia.
É melhor classificar como algo que você não vai esperar nada dele que classificar como destino e ficar esperando a hora em que você será beijada por um príncipe e ele a levará para um castelo em tão tão distante.
IRONIA.
Sempre foi.
Desde muito tempo.
As coisas comigo nunca foram óbvias. Nunca foram fáceis. E mesmo assim, nunca desisti.
Eu sempre quis enfrentar meus medos, sempre tentei segurar minha própria mão e me dizer 'Patricia, calma.' Mas tive minha fase cinderelesca onde acreditei que o mundo além do meu mundo era maravilhoso e que as pessoas eram boas como pareciam no comercial de margarina.
Criei asas, quis voar.
Na primeira tentativa, caí.
Chorei.
Sangrei.
Levantei.
Segui em frente.
Sorri.
Tentei acreditar nas pessoas que me rodeavam, erro.
Cai novamente.
Realmente as pessoas querem te ver bem, mas nunca melhor que elas. E num tom de 'eu estou brincando', elas destroem todas as suas aspirações. Dói? Não é pouco.  
Mas pensei 'até quando vou sangrar por motivos tão banais?'
Decidi ser o que sou.
Levantei a cabeça.
Incomodei o mundo.
Incomodei a mim.
Fechei o conto de fadas e abri o livro da minha vida.
No início estava escrito 'E fora feliz para sempre desde que decidiu não temer.'.

sexta-feira, 6 de março de 2015

Depois da curva.¹

Hoje o céu está pesado. Hoje eu não queria ver ninguém. Hoje, especialmente hoje, eu queria estar sozinha. Trancada. Calada.
Mas a vida não para enquanto eu sofro. Sabe-se lá se é sofrimento mesmo.
 
Raiva. Isso, talvez seja raiva!
Raiva por não ter sido suficiente. Raiva por ter deixado ir. Raiva por ter dado oportunidade duas vezes. Sobretudo, raiva por ter dedicado Engenheiros do Hawaii...

Não, eu não aprendo. E talvez eu nunca aprenda a lidar com gente vazia, com gente ruim. Por isso eu sempre apanho.

"Cada um só dá aquilo que tem.", cansei de não receber nada.




terça-feira, 3 de março de 2015

Turbilhão

A vida é uma roda gigante que não para nenhum instante.
Se você acha que está com ânsia de vômito e precisa que ela desacelere para você poder acompanhar, amigo só te informo uma coisa, ela vai passar por cima de você.
 
A vida, o tempo, eles não param.
Por que você deveria parar?

Nos últimos meses tantas coisas me aconteceram que pensei que a minha roda gigante estava desenfreada. Me vi surtando, me vi fora de mim. E quando pensei que abanar a bandeira de SOS fosse fazer com que as coisas melhorassem ao menos um pouco, fui atropelada por meus atos. Todos os dias aprendemos algo novo, eis aqui uma frase célebre apesar de clichê. Aprendi com os últimos acontecimentos que pessoas são completamente indecifráveis. Que você nunca, nunquinha saberá o que está passando na cabeça da pessoa que está ao seu lado nem tampouco o que sente o coração dessa pessoa.
 Por muitas vezes fui rotulada como uma pessoa sem coração, fria. Mas ninguém nunquinha nessa vida me questionou quais são minhas aspirações de vida. As pessoas sabem seu nome e já acreditam conhecer toda a sua história, não é bem assim.
Agir com racionalidade, agir como ser humano faz de você diante a sociedade um monstro, uma pedra de gelo que toma decisões.
As pessoas te  julgam de qualquer forma. As pessoas são ressentidas. Tudo machuca, tudo dói. Ninguém aceita um não de bom grado. É difícil a cada dia ter de levantar e saber que tem uma massa ressentida que assim como a vida, não para te esperando atrás da porta.
Mas meu amigo, a vida não para.


Prefiro ser redundante a ser omissa, desculpe-me.
 
Todos os dias visto minha capa protetora e saio para o mundo para defender meus ideais, para alcançar meus objetivos, mesmo que a cada dia eu leve uma pancada, mesmo que todos os dias eu caia dez vezes, eu saio. Eu dou minha face para que a vida bata sem piedade. A dor estimula o crescimento. E olha amigo, eu já estou quase do tamanho da minha roda gigante, daqui a pouco ela vira enfeite na minha estante. Sabe por que?  Porque eu não tenho medo do que o mundo pensa sobre mim. Porque eu não canso de apanhar. Porque eu não ligo por ser rotulada.
 
Da vida e das pessoas caro amigo, não peço amor. Peço respeito.