segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Uma história inacabada.

Olhar sua fotografia ainda no meu mural me faz lembrar de um pedido que você me fez no princípio, pediu que eu nunca fizesse um texto sobre nós, pois não teriam folhas, canetas e palavras suficientes para escrever a nossa história de amor. Exatamente com estas palavras você me deixou estarrecida, sem palavras, sem atitudes. Eu prometi a você e ao mundo que jamais iria falar de nós em textos, publicar o amor que sentíamos um pelo outro... Isto é, até você não me amar na semana seguinte.
Hoje, depois de tudo, vi que nossa história teve o início, o meio e o fim. O início perfeito regado de amor e muita confiança, o meio cheio de noites em claro e ausência e então o fim... Lembrar de tudo isso, me faz pensar para onde foi tanto amor? Onde estão as páginas de uma bela história de amor? Olha baby, me perdoa, mas é preciso questionar, procurar saber. Nossa história aconteceu como eu no fundo imaginava, como todas as outras que eu vivi com o princípio de sonhos, o meio morno e o fim meu, destroçado, jogado, estilhaçado, inacabado. A nossa história não iria surpreender ninguém baby, não foi como eu sonhei, como você falou. E eu caí em mim que acabou, incrivelmente uma história completa terminou inacabada. A sua foto ainda está no mural porque você ainda tem a chave da casa e do coração. Não digo que estou disposta a completar as páginas que ficaram em branco porque o amor acabou e você escreveu o fim sozinho.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um coração e um edifício.

Antes de bater a porta, você jogou meu coração no chão. Vendo ele ali naquele estado, todo estilhaçado você fechou a porta e saiu, para 'nunca mais' voltar. Eu não sabia bem o que fazer depois que vi aquela porta batendo, você indo, e meu coração ali, caido, quebrado, ferido. O meu mundo estava desabando, todas as lembranças passavam por mim rapidamente, e saber que aquilo tudo jamais aconteceria novamente era como estar morrendo... Recomeçar após a sua partida foi como reerguer um edifício sem varrer as cinzas. Você não sabe o quanto foi difícil juntar todos os cacos de um pobre coração machucado e colar, fazer dele o mais belo dolorido coração. Agora me deparo com seu pedido de perdão, pedindo que eu esqueça tudo e recomece. ES-QUE-ÇA, mais uma vez você me pedindo para esquecer. Primeiro, você. Agora, o que você fez. Seria fácil se eu ainda fosse a garota apaixonada que acreditava em frases feitas, eu correria para os seus braços sem titubear e arriscaria todo o edifício e o coração machucado, viveria nesta ilusão mais uma vez até você novamente me pedir para esquecer. A partir do momento que você bateu aquela porta e tudo acabou, eu tive que aprender a viver sozinha, aprendi que é possivel sim ser feliz sem sua presença, vi que existia um 'eu' antes de nós. Então dei vida a esse 'eu' que me fez viver, e me transformou em quem sou agora. E enquanto colava os cacos do meu coração fui fazendo questão de selecionar os cacos bons, isto é, os que não tinham relação alguma com você. E agradeça-me, porque assim como você pediu, eu te esqueci.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Sutilmente real

O meu sonho de adolescente era um amor para a vida toda, aquela coisa meio conto de fadas com final feliz. Vivi de utopia por quinze anos até a realidade arrombar a porta da minha vida e fazer morada. Me dando surras para aprender o que é a vida. Não foi fácil destruir todo um sonho e aprender a me adaptar a vida real. Lágrimas, solidão e todos os seus derivados vieram na mala da realidade, agrediam-me sem que ninguém percebesse destruiram tudo que um dia eu quis ser um dia e me transformaram no que sou hoje. O que sou hoje? Uma mulher jogada as traças, com muitas desilusões na bagagem e sem sonhos relacionados ao amor. A realidade foi dura comigo, me fez ver que o mundo não gira ao meu redor e que príncipes não existem. Depois de provar e passar por tudo que passei, eu não sei se estou segura para amar um dia. A realidade arrancou todos os sonhos, mas deixou uma ponta de ilusão, quem sabe, numa esquina um sentimento mais sutil me abrace e me faça ver que a realidade não é tão vilã, no entanto, ela destruiu meus sonhos, rasgou minhas páginas de era uma vez e me fez a bruxa da história onde agora só existe eu.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Vulnerabilidade.

Lembro de quando sentava numa cadeira e esperava você chegar. Era uma sensação engraçada que eu sentia quando você me olhava com esses olhos negros e enigmáticos. Quando me abraçava e me envolvia nos seus braços dispertava mais que borboletas, eram pássaros na barriga. O coração pulava, queria sair pela boca junto a palavras de carinho. Eu não entendia bem o que era aquilo, afinal, era tudo muito novo na minha vida. Só sabia que queria viver, junto a você.  Eu definitivamente estava vivendo tudo que sempre sonhei. Nunca desconfiei que por trás de tanto 'afeto', você brincava com tudo aquilo que eu sentia. Zombava de coisas sinceras e queria rir, apenas rir da minha ingenuidade.Depois que descobri, sofri. Passei dias e noites derramando lágrimas e me perguntando onde errei. Bom, eu até agora não descobri, mas eu devo agradecer a você por me fazer enxergar que não posso ser tão vulnerável a esse tal amor. Realmente ele é fogo que arde sem se ver, ferida que dói e não se sente, ardeu, doeu, machucou e você não sabe o quanto. Depois de você, os outros serão os outros e só. Pois nunca mais prentendo entrgar-me ao amor como me entreguei a você. A vulnerabilidade acabou, e uma nova pessoa graças a você nasceu em mim. E sim, existem males que vem para o bem, porém você é um mal que ficará guardado no baú das lembranças o qual nunca mais abrirei. Quero fazer de você o estranho, o nunca visto e nunca sentido. Você foi e levou o amor que existia em mim, então, nada mais justo que dizer fim.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Sobra tanta falta.

Nunca pensei que o vazio me dominaria por inteira. Que eu sentiria uma dorzinha fina no fundo da alma e que isso iria incomodar por tanto tempo. Pensei que fosse passageiro, mas não é. Bom, eu não sei bem o que é isso, é uma espécie de sentimento novo na minha vida, a falta. Jamais imaginei que coisas tão supérfluas fariam tanta falta. FALTA, essa palavra entrou no meu vocabulário e na minha vida sem pedir licença, acomodou-se e agora não quer mais ir embora. O que é isso? O que tomo para isso passar? Isso passa? O que raios é falta? Alguém explica? Não, ninguém explica. Todo o mundo sente. É como uma doença sem cura, ninguém sabe quais são as consequências. Só sei que sinto falta. Dos amigos, dos sorrisos, daquelas brincadeiras um tanto quanto infantis, daquele amor que outrora balançou minha vida, do ursinho de pelúcia que eu não podia tocar por conta da alergia, do abraço de uma amiga, dos olhares de um cafajeste, daquela troca de olhares com segundas e terceiras intenções, da, do, das, dos, daqueles, daquelas... Tudo que um dia surgiu na minha vida e hoje faz falta. Ando sofrendo por conta disso, dessa espécie de 'sobra de falta', são tantas coisas que faltam, que hoje já até sobram faltas, e não vejo problemas em repetir mil vezes a palavra falta. Porque eu sei o que sinto, e sei que muita gente sente também, falta.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Estranhos íntimos.

Ultimamente tenho passado por um momento muito especial. Denominei-o como 'Período do NADA'. Isso mesmo caro leitor, nada. Esse momento foi algo muito sonhado por mim desde a minha primeira desilusão no ensino fundamental, o carinha desejado massacrou meu coração pela primeira vez e desde então era isso que ele (coração) estava habituado, sofrer, nunca aprender. E então agora, alguns (cinco) anos depois, me vejo assim, uma mulher que chegou onde queria apesar das dores. Sabe aquela sensação de alívio, de acordar e não pensar em ninguém a não ser em você? De dizer frente a um espelho "eu não amo ninguém, além de mim.".Pode parecer egocentrismo, pode ser egocentrismo. Mas, que seja. Porque ninguém além de mim e meu coração sabe o que passamos para chegar onde estamos. Eu falo de dor, aquela coisa que corroe e te deixa sem chão. E só. A sensação que estou vivendo é boa, e estou a provar dos prazeres desta. Porém, sou humana, e espero que um dia eu e meu coração possamos ser felizes e voltar a nos completar, e que a função desse coração que outrora foi machucado seja outra além de bombear sangue. Espero por alguém que faça de mim e do meu coração o complemento. Pois agora somos estranhos íntimos que habitam o mesmo corpo, e só. Estamos de férias dessa coisa chamada amor, esse sentimento foi para nós como uma viagem de ida sem dinheiro para voltar, e voltamos a pé, aos trancos. Mas chegamos. E só temos a agradecer ao carinha do ensino fundamental por estimular nossa dor e ainda mais nosso crescimento.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dubiedade



Teus olhos dizem coisas que tua boca emudece. Que segredo escondes por trás desse olhar?
Decifro-te e devoro-te, é o que mais quero. Faço qualquer esforço para saber o que passa dentro dessa cabeça, o que aquece esse coração. Dá-me uma chance, uma única chance de desvendar todo esse mistério que te envolves. Sorri com leveza uma única vez, deixa-me sentir tua alegria, compartilha comigo tua dor. Eu quero estar ao teu lado, quero devorar-te com toda a minha ânsia. Quero que teus mistérios me envolvam também, fazendo de nós, um. Um único ser, um único mistério. Olhe para mim e permita que eu invada tua alma e te decifre. É o que eu mais quero.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O que querem as mulheres.

Homens vivem especulando o que querem as mulheres. Homens, tão confusos, perdidos...
Acham que para nós mulheres um anel caro ou uma bolsa Prada resolvem todos os nossos problemas.Acreditam que somos fortes o suficiente para suportar a dor de uma desilusão sozinhas. E que somos o perdão em corpo, alma, carne...
A vida seria até mais fácil se todos os nossos problemas fossem resolvidos com bolsas, sapatos, vestidos... Mas o que nós mulheres queremos, precisamos e sonhamos é mais simples e barato do que todos os homens imaginam.
Abraços,sorrisos, carinhos, afeto. Tardes ensolaradas num parque, domingos chuvosos sobre um edredom, dormir de 'conchinha', jantar a luz de velas, conversar bobagem, pisar numa poça de lama, falar do dia, ouvir, falar, sonhar a dois, um sms bobo dizendo 'eu te amo', um telefonema tarde pra dizer 'tô pensando em você', um recado na geladeira, contato, carne, química, pele, cheiro,pecado, banalidades... A lista é grande e sempre tem uma vírgula após um desejo. Somos mistério, antítese mas desejamos, queremos mais que tudo um par, um homem que consiga se importar com o que se passa por dentro de nós. Que entenda a nossa fragiliadade. E que as bolsas e os objetos caros caiam no marasmo e deem lugar a desejos simples, baratos e saciáveis. Nós mulheres queremos amor de verdade. E só.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tão frágil quanto um vaso.


Elogias meu olhar. Diz que sou forte e enfrento qualquer desafio.
'Achas que sou forte.'

Não sabes o quão frágil sou, o quanto me importo com coisas simples, e o quanto esse amor unilateral têm me machucado. Sinto falta de coisas que entre nós eram simples, e para você passou despercebida. Um beijo, uma carícia, um abraço com afeto de verdade. São coisas simples, rotineiras, mas que para mim, uma mulher, possuem um significado diferente, peculiar.
E por achares que sou tão forte, tem me feito amar e sofrer sozinha. Sim, eu sinto falta do teu olhar, do teu celular tocando a cada cinco minutos e nos interrompendo, das saídas na madrugada para não fazer nada... Eu descobri que o que nutres por mim não é amor. É qualquer coisa, mas não é amor. Medo ? Respeito? Talvez, mas não é amor. E é amor o que quero, portanto respeite menos e me ame mais. E descubra a doçura que existe em mim, note que sou tão frágil quanto um vaso.