sábado, 29 de janeiro de 2011

A sua espera;

E eu espero tanto a sua chegada. Como uma criança espera dar os primeiros passos, um cego espera enxergar, um utópico espera amar. Eu sei que posso estar cega, dando passos errados e sendo mais que utópica. Mas sabe quando você tem certeza que algo bom está vindo pra você? Pois bem, sinto isso. Depois de tanto chorar, de viver relacionamentos unilaterais, eu tenho a certeza que você estar por vir. E a ansiedade me consome cada a cada dia, a espera de um email, de uma carta, um telegrama, um telefonema. Sonho todas as noites em estar com você numa tarde ensolarada, numa noite de lua, amando. Eu quero você ao meu lado. E que não seja unilateral, que seja completamente recíproco. Mútuo, verdadeiro, nosso. É o que mais espero, é o que mais quero. É você que eu quero. Mas eu preciso saber quem és, eu preciso que chegue, dê um sinal, e diga : Eu te amo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O que chamaria de utopia.


Ele é o homem que eu sempre desenhei na última página do meu caderno no colegial. É um sonho. Carinhoso, bondoso, um lord. Compreende todos os meus desejos, sonha os meus sonhos, canta as minhas músicas, lê os meus livros, vive a minha vida. Tudo que eu sempre quis. É sedutor, sabe me ganhar com um piscar de olhos. E quando usa a mesóclise, ah! a mesóclise... diz baixinho no meu ouvido 'amar-te-ei para sempre minha senhorita.' ah como me tem fácil! Sinto até raiva por ama-lo tanto assim. Tão perfeito, tão meu. Adoro sentir a barba dele passar pelo meu rosto, sentir seus beijos com ternura. É boa a sensação de saber que sou amada. Melhor ainda quando se trata de um homem tão perfeito. Perfeito a ponto de tê-lo só para mim, e encontra-lo toda noite nos meus sonhos, somente nos sonhos.

Paradoxo.

Ultimamente tenho tido vontades loucas. Vontade de escrever sobre tudo aquilo que me convém, falar sobre o cotidiano, tirar o cabresto do tal amor e falar da vida. Falar de coisas banais que no fundo tem sentido. -Talvez seja porque estou lendo Clarice Lispector demais.- Enfim, acontece com todos os seres humanos acredito eu; Essa vontade de mudar, renovar. Mas é claro, sem deixar aquela ponta nostalgica de lado. Vai que bate uma saudade? é só puxa-la. Falando em saudade, tenho sentido uma coisa dentro do peito que não sei se de fato é saudade. Acho que ainda não, mas poderá vir a ser, este é o problema. Nunca quis sentir saudade de ninguém, nunca aprendi a ter saudade. Eu preciso de pessoas, ao mesmo tempo que prefiro estar só. É algo muito paradoxal, eu sei. Eu gosto de pessoas, de estar com elas. Mas pessoas são pensantes, são problemas. Como pessoa posso afirmar.Eu estou me renovando. E que atire a primeira pedra que nunca teve vontades loucas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando a felicidade liga.

E hoje eu decidir não falar de amor. Quero falar de mim, do mundo e das pessoas. Chega de lágrimas, vamos falar de sorrisos, chega de dor, eu quero falar da felicidade. Felicidade esta que procuro a muito tempo em todos os lugares, mas nunca a encontrei. Na verdade, encontrei hoje.

Eu andava pela rua, normalmente. Observando as pessoas, os lugares, os sorrisos. Era só mais um dia. Eu iria cumprir minha rotina e só. Depois de um café examinaria alguns papeis e cumpriria aquilo que me fora dado. Nada de diferente para um mortal.
Mas a vida, o destino ou qualquer outra coisa relacionada a isso resolveu me pregar uma peça. Me fez acreditar que tudo seria normal, que realmente nada aconteceria. E eu cai.
Recebi um telefonema que me fez paralisar. Parar tudo que fazia, descer as escadas e ir a rua buscar sorrisos e ser feliz, um telefonema que me fez acreditar que a felicidade existe e que ela não anda vinculada com a monotonia. Um telefonema, um simples telefonema, me apresentou a felicidade.

domingo, 16 de janeiro de 2011

I can fly

O barulho de asas me fizeram acordar de um sonho maravilhoso. Eu ainda estava anestesiada, os ponteiros marcavam cinco da manhã. Ainda estava escuro. O barulho que me acordara ainda prosseguia, eram asas, era um pássaro. Ele voava com suas asinhas pequenas de um lado para o outro como se estivesse preso em uma gaiola, ele almejava liberdade. Pensei por um instante porque aquele pequeno pássaro não saia voando daquele quarto escuro já que parte da janela estava aberta. Ele não ía embora. Acendi o abajour caminhei até a janela e a abri por inteira, talvez depois dela aberta completamente ele voasse para sua liberdade. Mas não, ele não saiu, continuou a voar de um lado para o outro entre quatro paredes. Voltei para a cama e me coloquei a observar os movimentos eufóricos do pássaro e comecei a comparar minha vida a dele. Tinhamos a vontade, almejavamos e tinhamos a liberdade. Por que não voar? Se eu queria tanto que aquele pássaro voasse para sua liberdade, por que eu não 'voar' para a minha também?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A contadora de histórias.


Ela anda com leveza. Leva um sorriso. Dentro daquela cabeça leva mil e um desejos e um único sonho. 
O de contar histórias. 
Ninguém que a vê logo sabe de suas vontades. 
Ela é mistério. Ela é antítese. 
 O que mais quer é contar histórias de guerras, de gente, de amor.  Ao certo ninguém descobriu qual é. O que se sabe é que ela quer contar uma história.

A pequena misteriosa caminha em busca de um ouvinte. Se encontra-la nas ruas, ouça-a, ela só quer contar uma história.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O mistério de Anabelle

Ela estava sentada na grama. O vento batia e levava seus cabelos a uma dança estranha mas que não deixava de ser bela. Ela estava a espera de algo. Ela esperava alguém. Mas quem?
Seus olhos negros olhavam atentamente a cada pessoa que passava por ela e um semblante triste tomava conta de seu rosto. Quem Anabelle esperava naquela tarde cinza?
Naquela grama ela ficou horas olhando, sentindo, esperando algo ou alguém que só ela sabia o que ou quem. Ela esperou, esperou tanto que cansou, levantou-se e seguiu seu caminho. Com a decepção nos olhos e o mistério do que com tanta ansiedade aguardava.