quinta-feira, 17 de março de 2011

Atordoadamente real

Três da manhã, uma mulher sentada em sua escrivaninha pensando e escrevendo sobre a  vida.
Seria normal, se ela não fosse eu.

Apesar de parecer uma mulher normal, eu sei que não sou. Tenho vontades loucas, escrevo milhões de vezes os mesmos textos e aprendi a conviver com a solidão. Sim, a solidão, aquela que em você pode bater, doer, machucar, mas que comigo é diferente, passamos do estágio de massacre e convivemos bem. Há onze anos. Eu sei que posso parecer uma louca, atordoada dizendo conviver em harmonia com aquilo que massacra todo o resto, mas é o que digo, apesar de parecer normal, eu sei que não sou. Mas sou humana e também preciso de afeto, de pessoas ao redor. Mas sei que pessoas se vão e mentem, machucam e atordoam muito mais que a solidão. É estou sendo narcisista, são três e cinco da manhã, pessoas normais dormindo e eu sentada na minha escrivaninha com uma taça de vinho e a Marisa (Monte) cantarolando ao fundo... Mas eu precisava tirar esses pensamentos estranhos da cabeça e colocar em um texto sem sentido. Quem sabe alguém no mundo não se alivia ao ler isso e ver que tem um outro alguém mais louco por aqui?!

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