domingo, 13 de março de 2011

Ana



Uma taça do vinho que ele esquecera, três cigarros e ali estava feita uma nova mulher. Ana. Trinta, um coração angustiado duas lágrimas escorridas e um amor que se foi.
Uma biografia peculiar, uma mulher com mil e um segredos, duas mil máscaras. Ana jamais deixara claro em sua face o que sentira, o que queria. Parecia frígida, incrédula, inalcançável. Mas amava, e amava muito entregava-se ao amor como uma crinaça indefesa e na mesma proporção que amava, sofria. Sofria Ana por amar calada? Sofria por amar demais? Que angústias aquele coração que mais parecia uma tesouro intocável trazia com aquela mulher? E esse amor que a deixou, quais foram os motivos para tal abandono?
 Ana, mistério, trinta, desejos insaciáveis, uma mente de mulher, um coração de criança.
Uma página virada.
Ela resolvera ser uma nova mulher, escolhera fazer de sua experiência um aprendizado, optou por não colocar sentimento em nenhuma relação a partir daquele momento. Fumou mais um cigarro, jogou as cinzas pela janela e deu boas vindas ao que e quem estavam por vir.

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