sexta-feira, 11 de março de 2011

Deixou ser.


Sentada em sua cama, ela lê um livro de Clarice Lispector. Ela está concentrada, seu celular vibra. No visor uma mensagem, era dele. Ela faz cara de surpresa, borboletas surgem na barriga, sentimentos no coração, e dúvidas na cabeça. O que ele queria? Mais uma vez fingir ter errado o destinatário para mecher com ela? Dizer que sentia saudades para vê-la enviar todos os seus sentimentos por pequenos torpedos? O que aquela mensagem tinha a dizer? A moça insegura então decidiu desvendar o mistério, abriu a mensagem, e lá continha um apelo de saudade e um pedido de encontro. Ela não se sentiu surpreendida com ele, e sim com ela, que se sentia segura o suficiente para dizer que não sentia o mesmo e recusar aquele pedido por mais que seu coração pedisse o contrário. A moça foi contra seu coração, mas ela sabia que apartir daquele momento estava liberta para amar, re-amar ou descobrir o que é o amor. Ela deixou-se ser, e não estava arrependida.

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