sexta-feira, 24 de junho de 2011

Só por uma noite

Amanheceu e você partiu. Não deixou telefone, recado na geladeira ou mensagem no celular. Depois de uma noite que eu julguei fantástica, você sumiu. Usou meu banheiro, minha cama, meu corpo e ainda bebeu do meu café. Falou mal dos meus livros julgou meu gosto musical e disse que o Chico, meu Buarque tinha voz de mulher. Eu não disse nada, prefiria oferecer um vinho e te ter na minha cama, no meu chão, no meu corpo... Nunca imaginei que uma mulher do meu porte ficaria interessada por um rapaz com pouca capacidade de pensar como você, mas me prometi que seria só por uma noite, você, um corpo e um rosto bonito me beijando, me amando uma noite inteira seria essencial para saciar aquilo que eu tanto precisava e nada mais. Te trouxe para minha casa, te deixei fumar do meu cigarro, beber do meu vinho e desfrutar do meu corpo. Você fez tudo o que eu imaginava, tudo o que eu queria. E naquela cama, dormimos como criança depois de uma noite de desejo e nada mais. O dia amanheceu e como eu disse, você se foi, assim como todos os outros foram, amanheci sozinha e assim permaneci. Não sei se você volta, não sei quem será o próximo a deitar. Mas sei que desse corpo alguém vai desfrutar e nunca mais ligar. Eu sei que todas as noites são fantásticas. Mas também sei que todos os dias serão solitários.

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