quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fragmento.

Os relógios marcavam três e cinquenta da manhã. O vento batia na janela levando a cortina e trazendo estrondos. Barulhos que chegavam a assustar-me. Levantei-me, caminhei até a janela, olhei para fora e tudo parecia normal para aquela hora, tudo vazio. Vazio esse que não era só na rua, na madrugada. Um vazio que era meu também.
Ao olhar para a rua e ver que ninguém, absolutamente ninguém estava lá fora, fiz um paralelo com minha vida. E vi que ninguém, absolutamente ninguém estava comigo. Eramos apenas nós. Eu, solidão e a rua. Eternamente vazias.


[Patrícia Vidão]

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