quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Silêncio.

Estava sozinha, não tinha tanto tempo assim. Nem sentia a falta de um certo alguem ao seu lado.
Os ultimos que estiveram ao seu lado não deixaram nada além de feridas. Feridas essas que não curavam com o tempo. E todos ao redor pensavam que sorrisos recheados de sarcasmo e com pontas de ironia iria tira-la do sofrimento e romper com a dor.
Nada disso era útil. 
Quantos sorrisos cheios de amor ela disperdiçou ? Quantos abraços com ternura ela deu em vão ? Ninguém pensava nisso ? 

Era de fato necessário sorrir quando o melhor remédio é trancar-se no quarto com seu café e seus pensamentos ?
Ela acreditava que nada melhor que o silêncio e o vazio para cura-la. E decidiu que o melhor era recolher-se quem sabe por um tempo, quem sabe para sempre. E ficar longe de tudo que não a acrescentava.




[Patrícia Vidão]

Um comentário:

  1. Quem sabe companheiro da solidão, ela não mate.

    As piores cicatrizes são as que ninguém vê, e abrem sem o menor cuidado.

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