sábado, 26 de junho de 2010

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Eu poderia iniciar uma história falando do amor e de todos os meus sofriementos com este antes de conhece-lo de fato. Uma história clichê que começa pelo meio esconde fatos e sentimentos.
A história é a seguinte...
Eram dez da noite, estava frio. Estava sózinha. Decidi sair, ir tomar um café, encontrar pessoas. Mas que pessoas? não possuia amigos nem conhecia ninguém por ali. A única coisa que eu tinha era solidão.
Saí, eu e ela. Sentamos num banco da praça, olhamos o lago,e alí ficamos por muito tempo, foi então que comecei sentir um vazio, uma vontade de ter realmente alguém ao lado para me esquentar com um abraço afinal, a solidão acompanhava, e não só isso, ela também atrapalhava, machucava, dilacerava e a última coisa que ela faria comigo era me acalantar.Senti uma lágrima quente descer pelo meu rosto levemente passava-me uma sensação boa, uma esperança talvez, de saber que dentro de mim ainda batia um coração. Por mais machucado que ele estivesse ele ainda estava ali, ele ainda pulsava. O vento batia no meu rosto e me fazia lembrar tudo aquilo que eu passara.Todas as lágrimas iguais aquelas que derramei.Todos os abraços que sempre esperei e não recebi. Todos os sorrisos que sempre quis receber mas nunca foram destinados a mim.Cheguei a pensar então, que a solidão sempre esteve comigo. Mas tentei lembrar-me de todas as vezes que estive feliz, foi então que tentei por inúmeras vezes lembrar um momento em que me sentia bem, feliz, completa. Foi quando mais uma lágrima caiu e notei que até então não tinha momentos felizes, completos. Foi então que senti uma presença no lugar -era um homem- tinha uma aparência boa, vestia bons trajes e apresentou-se como amor. Deu-me a mão e convidou-me para sair para qualquer lugar longe dali. A solidão demonstrou total desgosto.Levantou-se e saiu caminhando para o nada. Eu ao vê-la saindo sem dizer nada senti certo medo afinal, ela havia me acompanhado por toda minha vida até aquele momento. Mas logo olhei para minha frente e ele ainda estava lá com sua mão estendida a minha espera. Olhei para os lados meio desconfiada e dei a mão. Levantei-me de mãos dadas a ele e saimos. Caminhando, juntos. Nós, eu e o amor. Foi então que descobri que apartir daquele momento eu não estaria mais sozinha. Poderiam faltar pessoas, mas ele sempre estaria comigo.








[Patrícia Vidão]

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