sexta-feira, 20 de abril de 2012

A poderosa

Andava pelas ruas com seu olhar de desdém, o poder emanava de sua pele. Ela era a mulher que todo homem queria em sua casa, em sua cama. De poucas e sábias palavras, pensamentos e objetivos fixos. Sabia ser doce. Na verdade, era agridoce. Politicamente decidida. Relacionamentos sérios nunca fizeram parte de sua vida, enjoava de seus companheiros com a mesma facilidade que retocava seu batom vermelho. Amante de bebidas fortes e conversas inteligentes, sarcástica, ela era realmente uma mulher poderosa. Abominava todo e qualquer tipo de mulher omissa. Era um exemplo. Mas toda aquela armadura, aquele batom vermelho, escondia algo, talvez fosse um coração. Talvez não.

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